quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

À Procura da Estabilidade


Deixei de pertencer ao extenso número de desempregados deste país, numa altura em que de acordo com os dados tornados públicos pelo Gabinete de Estatística da União Europeia, o desemprego em Portugal atingiu os 10,2%.
Passei por um período de 38 meses que representou um duro golpe difícil de ultrapassar até porque mais elementos do meu agregado familiar se encontravam na mesma situação.
Foi um tempo em que apesar da difícil situação, nunca deixei de cumprir com os compromissos e responsabilidades adquiridas, nunca me deixei abater pela situação e nunca me entreguei ao absentismo, procurando das várias formas ao meu alcance colmatar as dificuldades surgidas e até aproveitei para melhorar o nível dos meus conhecimentos gerais e académicos, conhecer gente muito interessante e aumentar o número dos meus amigos.
Mesmo assim, não foi fácil gerir um tempo em que de alguma forma por vezes me senti marginalizado, por parte de uma sociedade que apesar de conhecer a realidade, olha para o lado. Enviava currículos que não tinham resposta ou quando as tinham , eram demasiado evasivas, procurei de porta a porta, apresentar a minha disponibilidade e experiência para encontrar uma saída, mas apenas recebia sinais de alguma compreensão e alguns sorrisos amarelados. Tive de fazer prova efectiva de procura de emprego e apresentações quinzenais como se tivesse cometido alguma ilegalidade pelo facto de ter sido abruptamente empurrado para a situação, enquanto alguns com rendimentos acima da média recebem apoios de vária ordem, sem qualquer tipo de control.
Aos vinte e um anos vi os meus objectivos profissionais e académicos interrompidos por força de me terem enviado para uma guerra que ainda hoje deixa imensas marcas numa parte significativa da sociedade portuguesa.
Aos cinquenta e seis anos, novo golpe na estabilidade pessoal e familiar, passei a ser designado por "Desempregado de longa duração" e agora muito perto dos sessenta, é quase como recomeçar quase tudo de novo porque só quem passa por situação semelhante pode imaginar as mazelas que a situação deixa e que precisam de ser tratadas.
A taxa de desemprego acima referida atinge sobretudo os jovens até aos vinte e cinco anos que representam cerca de 20% dos desempregados.
È aqui que pode residir o maior receio pelo futuro dos jovens e do país, jovens que perante as actuais perspectivas se vêm forçados a emigrar, procurando noutros países saídas que não encontram em Portugal.
Enquanto isto Portugal continua absorvido por demasiados casos pendentes na justiça, “Casa PiaFreeport” “BPP” “BPN” “Face Oculta”, são apenas alguns exemplos de preocupação não apenas para o cidadão comum, pois até alguns ex políticos já manifestaram extrema preocupação e suspeitas sobre a justiça portuguesa.
Receio que ao longo do tempo em que se arrastam todos estes processos se vão apagando marcas importantes e que no final a montanha tenha parido um rato.
Estamos em Dezembro e alguns vão passar bem ao lado da realidade distraídos com a pompa resultante da organização da cimeira Ibero-Americana, da entrada em vigor do tratado de Lisboa, com o imenso espaço dedicado aos grandes confrontos futebolísticos e com a euforia e celebrações das festividades que se aproximam.
Estejamos atentos porque momentos muito difíceis vêem aí, provavelmente nos próximos anos haverá países Europeus à beira da banca rota e difícil será a médio prazo Portugal não voltar a estar envolvido noutro conflito bélico.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

100 STRESS


Pois é, não vale a pena entrar em stress porque a sociedade em que vivemos nos presenteia quase diariamente com factos e actos de corrupção activa, tráfico de influências e outros que nos levaria a estados permanentes de stress, indignação, raiva etc,etc.etc.
José Saramago, segundo o próprio escreve para desassossegar, eu faço-o como terapia para libertar os sentimentos atrás descritos.
Não vale a pena olhar-mos para o lado ou andar distraídos com outras coisas, a realidade está aí bem presente e todos os dias a bola de neve ganha volume.
Felizmente, hoje alguma comunicação social pratica um jornalismo de intervenção, está atenta e vai permitindo que tenhamos conhecimento do que se vai passando neste país, de outra forma estas e outras situações não saíam do interior das paredes dos gabinetes e dos centros de decisão.
O país está a saque e nas mãos de alguns senhores que ora em funções na área da politica ou em empresas publicas e privadas, continuam a ocupar cargos importantes e auferindo rendimentos que são um escãndalo considerando a situação económica em que vivemos.
Empresas públicas às quais todos nós estamos dependentes e vinculados por contractos de prestação de bens e serviços e que não assumem de forma correcta a sua parte, porque estão minadas de gente que escudados pelos altos cargos que ocupam, não estão para servir a comunidade mas sim para se servirem.
"Face oculta" é o nome da investigação a decorrer que indicia haver ainda muita gente oculta num processo onde espero, embora não acredite, não demore muito tempo a se concluir ou não vá para a gaveta e mais uma vez os poderosos não são condenados continuando impunemente a ocupar cargos previligiados na sociedade.
Não quero presonalizar empresas ou pessoas responsáveis que estão indiciadas como arguidas neste processo, quero apenas manter a esperança que de uma vez por todas se faça justiça.
Mas o mais certo e como hoje ouvi pela boca de pessoas com responsabilidade neste país, é que daqui a pouco tempo tudo esteja arquivado, não se encontrando culpados e se deixe de falar no assunto.
Não podemos continuar a permitir que façamos parte de uma sociedade onde economistas que são actuais e ex responsaveis politicos, gestores ou empresários se manifestem de forma arrogante contra o aumento do salário minimo nacional.
Não podemos continuar a permitir que a soma dos portugueses a receber rendimento social de inserção, complento social para idosos, subsídio de desemprego entre outros existentes, ronde já os 40% da população.
Não podemos continuar a permitir haver centenas de milhar de jovens a sair de Portugal porque perderam a esperança de encontrar um futuro estável na sua terra.
Também não podemos continuar a permitir que face a este quadro se continue a injectar altas verbas em instituições bancárias falidas, só porque existem interesses que envolve gente influente, enquanto os patrões dizem que as empresas não têm condições para cumprir o já anteriormente esbabelecido relativamente ao valor do ordenado minimo nacional.
Pretendo sem perder o sentido critico, manter um espírito construtivo e ter a esperança que a médio ou longo prazo algo se altere para bebeficio das novas gerações.
"Se eu podia viver sem estes comentários? eu poder podia, mas não era a mesma coisa"

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DESFRUTAR LISBOA


No momento em que acabaram de se realizar mais umas eleições autárquicas que a nível nacional praticamente terminaram com a vitória da clientela habitual e apenas só com três bons resultados:A não eleição de Fátima Felgueiras, Narciso Miranda e de Adelino Ferreira Torres, resolvi dedicar um pouco deste espaço às minhas origens, à minha cidade Lisboa.
Sou um alfacinha com grande paixão pela cidade onde nasci e sempre vivi quer pelos seus contrastes,quer pela sua luz e beleza natural mas acima de tudo pela sua gente, aquela população genuína habitante dos vários bairros típicos com quem tive o previlégio de conviver em alguns períodos da minha juventude.
Nos últimos anos, tenho exercido com maior regularidade a minha cidadania activa junto dos diversos organismos responsáveis pela boa gestão da cidade, através de sugestões, pedidos de informação ou reclamações que pontualmente coloco aos vários pelouros ou ao Gabinete de Apoio ao Munícipe, contactos que têm obtido alguns resultados positivos.
Cada vez mais é importante que exijamos junto do poder local, as melhores condições para que todos possamos desfrutar da cidade onde vivemos.
Por mim, estou disposto a ficar cada vez mais atento e a reclamar tudo aquilo que quero e não quero para a minha cidade.
Quero uma cidade que preserve a parte histórica que necessita de algum cuidado para que tanto portugueses como estrangeiros possam usufruir de uma das nossas maiores riquezas culturais.
Quero uma cidade onde a palavra mobilidade não seja apenas uma mera intenção, mas que efectivamente seja aplicada em todos os locais que pelas mais diversas razões são obstáculos enormes para todos os peões e em particular para aqueles que de uma forma ou de outra vivem com com limitações de diversa ordem.
Quero uma cidade onde seja posto em prática o famoso”Plano de Recuperação da Baixa” e onde os prédios com andares devolutos de aspecto desolador e ameaçando perigo eminente possam ser requalificados de forma a poderem ser habitados por jovens casais e com c ondições favoraveis para que o coração da cidade volte a ter a vida de outros tempos e não se torne após as dezoito horas uma zona quase fantasma e com grandes problemas de segurança.
Quero uma cidade onde os espaços verdes sejam preservados e recuperados proporcionando aos jovens e aos menos jovens, usufruirem de momentos ao ar livre aproveitando as características excelentes do nosso clima durante um grande período do ano.
Não quero uma cidade de ruas com falta de limpeza e onde se alojam a qualquer hora do dia dezenas de sem-abrigo junto de edifícios e monumentos que são fotografados por turistas que levam uma imagem degradante da cidade e do país.
Não quero uma cidade onde nalguns casos a recolha do lixo é feita a horas impróprias e em condições deficientes.
Não quero uma cidade onde a Avenida da Liberdade, cartão de visita da capital, tenha os seus jardins degradados e a precisarem de uma requalificação urgente.
Não quero uma cidade onde o importante jardim do Campo Grande apresente um aspecto extremamente desolador e onde jovens e idosos se viram privados de frequentarem as piscinas e que agora tem anunciado a abertura de um concurso internacional para a sua recuperação.
Não quero uma cidade que tem os índices de poluição atmosférica das piores do país e da Europa fruto de uma política incorrecta na gestão do trânsito automóvel.
"Obra a obra Lisboa melhora” ou “Nós cumprimos”, foram alguns dos slogans que invadiram a cidade na última campanha eleitoral, vamos esperar que possam fazer o seu trabalho cumprindo com o programa apresentado, de contrário podem contar com a minha permanente atenção para denunciar o que entender não estar certo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mantenhas"Saudades"

















Poesia foi durante muito tempo uma das primeiras formas de expressão literária contemporânea da Guiné-bissau.
Com a independência surge uma vaga enorme de jovens poetas em cujas obras estão bem patentes o espírito revolucionário e social.
Escravatura e repressão, são temas igualmente privilegiados por alguns desses autores que apelam à construção da nação e evocando a liberdade.
Só muito recentemente despertei para a poesia africana e com particular atenção para a que se faz na Guiné-bissau.
Numa das minhas pesquisas sobre o tema encontrei um poema de autoria do compositor Zé Manel que não resisto em transcrever e partilhar com os meus amigos, porque me fez voltar a recordar momentos vividos e dos quais continuo a ter imensas saudades.


Batucada na noite




Bissau cresce

quando o soldesce

vem com o fio da noite

e só adormece

quando amanhece


O alcool

e o week-end

inflamam corpos

cheios de adornos


Na noite

há insónias

e sónias de muitos nomes

não é só o mote

aqui há funky

há merengada

e antilhesas na madrugada


Lufadas de amor

moldam corpos

suarentos de ardor

há um saracoteio

permanente

na passerelle da noite

sedas flutuantes

coxas remexendo

num sincopado

que dá síncope


O odor

mastiga o ar

sem pudor mistura-se

confunde-se

catinga

chanel

paco rabane

água cheiro

suor

e dior

ça va comme ça

o old scotch

dá o toque final

é fatal

afinal porque não


A batucada cresce

abre o espaço

a cidade não dorme





sábado, 26 de setembro de 2009

ELEIÇÕES 2009


Terminou a campanha eleitoral que supostamente serviria para esclarecer os portugueses a decidirem em que força politica devem dar o seu voto, elegendo aqueles que cujo papel será defender os interesses de todos e criar uma sociedade mais justa.
Se havia portugueses até aqui pouco esclarecidos, não creio que com esta campanha tenham desfeito eventuais dúvidas.
Foi em minha opinião uma campanha onde mais uma vez e apesar de um período onde se exigia muita contenção, verificou-se que não só não houve razoabilidade nos custos, como na actuação verbal entre os lideres dos principais partidos.
A juntar a tudo isto surgiu ainda o episódio polémico e ainda pouco esclarecido de alegadas escutas com envolvimento da presidência da república cujo silêncio se espera termine rapidamente.
Foi em resumo uma campanha com muita politiquice e pouca politica de verdade.
Continuo a não acreditar em alguns políticos da mesma forma que não acredito no pai natal, pelo menos enquanto vir na assembleia da república, deputados bem pagos e com regalias de excepção a dormirem ou a ler o jornal que só levantam o braço ou carregam no botão para votar.
Apesar de tudo, é bom que não deixemos de exercer o nosso dever civico utilizando a única arma há disposição: O VOTO

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CHÃO MANJACO


Para reviver e ir matando saudades de lugares que conheci e me marcaram bastante durante a minha presença na Guiné-Bissau, sou espectador assíduo do serviço informativo da RTP, sobre a actualidade dos países lusófonos “Repórter África”.
Esta semana, acompanhei com particular atenção uma reportagem sobre a cidade de Cachungo- ex Teixeira Pinto, considerada ao tempo das mais bonitas cidades da Guiné.
Teixeira Pinto, era uma vila com cerca de 9000 habitantes na sua grande maioria de etnia manjaca e dispersos num raio de 7 km, numa extensa área de habitações típicas, separadas por uma avenida central em terra batida, postesriormente asfaltada e com duas largas faixas de rodagem principais de onde sobressaiam alguns edifícios administrativos de construção colonial, o complexo da unidade militar, o posto do chefe da tabanca, (aldeia) e uma torre de vigia situada estrategicamente à entrada da vila.
Era apesar da situação algo precária existente na região, uma vila com uma população bem alegre, de aspecto bastante ordenado, airoso e acolhedor.
Mas, as imagens que acabei de ver mostrou-me um quadro extremamente desolador. A camada de asfalto desapareceu e está agora substituída por enormes crateras cobertas pelas águas das chuvas dificultando não só a normal circulação de pessoas como também de máquinas agrícolas, carros ligeiros e pesados.
Ouvi os responsáveis pela cidade, garantirem que terminada a época das chuvas iriam proceder a várias obras de requalificação repondo o asfalto para que Canchungo volte a ser de novo uma cidade atraente, com um nível de vida aceitável e representativa do “Chão Manjaco”

sábado, 12 de setembro de 2009

AS CONTAS QUE TEMOS DE FAZER


Andamos permanentemente a fazer contas, não bastavam já as que todos nós somos obrigados a fazer com o pagamento da prestação da casa, da mensalidade do colégio, da factura da água, electricidade e do gás entre outras, como ainda andamos quase todos a fazer contas para ver se ainda é possível a nossa selecção de futebol vir a ser apurada para a fase final do mundial de 2010 na África do Sul.
Sobre isso, muito sinceramente e apesar de não ter dúvidas de que no grupo onde estamos inseridos a nossa equipa é a que dispõe de melhores jogadores, não sei se neste momento merecem estar na fase final do campeonato do mundo, mesmo vencendo os dois jogos em falta e mesmo que aconteça o milagre de a Suécia perder pontos com um dos outros intervenientes.
Têm sido demasiado más as exibições de grande parte dos jogadores que apenas formam um grupo, quando se exige que formem uma verdadeira equipa constituída por valores individuais de referência nos seus clubes.
Tal como acontece noutras áreas no nosso país, considero haver um enorme défice de liderança e de sentido de orgulho pátrio.
Já para não referir a inclusão de lusos brasileiros na selecção com a qual discordo por completo, verifica-se que quando é tocado o hino nacional, alguns jogadores e até o próprio seleccionador, não acompanham os portugueses presentes nos estádios cantando a portuguesa, ou porque não sabem ou porque verdadeiramente não sentem o significado do emblema que trazem na camisola.
Num momento em que se pede ânimo e um arregaçar de mangas aos Portugueses, não podia deixar de dar mais esta alfinetada porque este não é com toda a certeza um exemplo a seguir e daqui a quinze dias outras contas se irão fazer.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

REGIONALIZAÇÃO?


Um amigo meu fez-me chegar esta nota extraída do jornal “Expresso” que achei muito interessante e que com a devida vénia quero partilhar com os visitantes deste espaço.
Se um indivíduo de Lisboa é lisboeta e um do Porto é portuense, porque é que um indivíduo de Faro é Algarvio?
Também ao circular na A2, as placas informativas dos acessos para o sul do país, não indicam Faro mas sim Algarve, o que não acontece com mais nenhuma região do país onde é indicada a capital.
Será que nos estão a tentar dizer que o Algarve tem todas as condições para ser uma região?

VOLTEI


Voltei após um mês de ausência para continuar a expressar no blogue o que me vai na alma e de uma forma livre.
O mês de Setembro surgiu um pouco cinzento pronunciando o fim de um tempo de verão, mas também a expressão de grande parte dos portugueses embora por motivos diferentes.
Uns, os privilegiados que ainda conseguiram fazer férias, vivem agora o stress do regresso ao trabalho e do eventual excesso de despesa a que esta época é propícia.
Outros continuam de expressão cinzenta porque as perspectivas para o seu futuro próximo não são de modo a acreditar deixarem de ser marginalizados pela sociedade.
Estão em marcha os preparativos para mais um acto eleitoral como sempre de grande importância para o futuro do país, os textos designados como propostas para programa de governo ou cadernos de encargos, estão repletos de boas intenções que agradariam á grande maioria do povo, mas como tem sucedido até agora, a distância entre as intenções e a prática é enorme.
Apenas como exemplo em como a realidade é bem diferente, está o valor anunciado em mais de 91 milhões de euros para a campanha, o que no momento presente não ficaria nada mal alguma contenção.
Todos os dias quando acordo tento dizer a mim próprio que o dia vai ser bom mas, o que acontece é que todos os dias verifico que estão invertidos os valores mais básicos de uma sociedade que se desejava justa.
Não vou pormenorizar o que me leva a expressar este sentimento porque todos os que estão minimamente atentos e que não andam a fingir que não vêem ou a olhar para o lado facilmente identificam.Por mim, quero viver de maneira a que o padre não tenha de mentir na hora do meu funeral.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

EXPRESSÕES POPULARES PORTUGUESAS


Algumas expressões populares portuguesas sofreram ao longo do tempo naturais alterações, generalizando o uso da expressão original provavelmente porque nunca os vimos escritos, mas que vamos repetindo o som.
Vem isto a propósito da oportunidade que tive em sessões presenciais de “Linguagem e Comunicação”, esclarecer junto dos formadores a forma como se diz e como se devem dizer algumas das mais vulgarizadas expressões.
Não dar a bota com a perdigota” é o provérbio mais usado, no entanto o original refere-se a “Não dá a cota com a perdigota” que significa que a cota “ponto de mira da arma” não dá certo com a perdigota”o alvo a atingir”
Ovelha ranhosa” é frequentemente utilizada esta expressão quando queremos dizer que num grupo de humanos, existe um elemento que destoa dos demais.
No entanto a expressão correcta e original é “ Ovelha ronhosa” que significa que num rebanho uma ovelha tem ronha, doença de pele com sintomas semelhantes aos da sarna e que ataca os animais.
Por último ouve-se igualmente bastantes vezes a expressão” Piar de fininho”, quando o que parece ser correcto é “Fiar de fininho” referindo-se esta expressão á forma de fiação com origens no Mesolítico.
Com a descoberta do fuso, instrumento para fiar á roca, foi melhorando a técnica, aumentando o rendimento do trabalho obtendo fios mais finos e regulares.
Haverá naturalmente outros provérbios que ao longo dos tempos sofreram o mesmo tipo de alterações por força da forma como os povos os adaptam.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

ABRI A JANELA


Após um premeditado interregno, voltei a abrir a janela esta semana em que voltei a sentir necessidade em escrever algo sobre a actualidade do nosso quotidiano.
Uma semana em que se comemorou o quadragésimo aniversário de uma extraordinária conquista do homem como foi a primeira presença em solo lunar, que me recordo ter assistido em directo pelos meios audiovisuais disponíveis na altura.
Decorridos estes anos sobre este espectacular feito, ainda alguns dos habitantes deste planeta estão incrédulos sobre tão nobre conquista.
Por ocasião das comemorações dos 40 anos da ida à Lua, os três astronautas da Apollo 11reuniram-se em Washington onde Neil Armstrong evidenciou o lado positivo da corrida ao espaço protagonizada pelos Estados Unidos e União Soviética.
Esta comemoração servirá de inspiração para continuar a prosseguir a grande meta da ida a Marte.
Uma semana em que os habitantes da Índia, Nepal, Bangladesh, Vietname, China e outros, observaram com grande entusiasmo o eclipse total do Sol, com a particularidade de este ter sido o mais longo deste século.
Era de dia e ficou escuro, as temperaturas desceram significativamente e o Sol ficou totalmente encoberto pela Lua durante seis minutos e trinta e nove segundos numa zona pouco habitada do Pacífico.
Esta duração recorde, só voltará a ser batida no ano 2132, segundo estudos dos especialistas.
Os eclipses ocorrem cerca de duas vezes por ano e muitos povos atribuem um carácter místico a este fenómeno.
Uma semana em que foi apresentada aos sócios e simpatizantes a equipa de futebol do GLORIOSO S.L.B versão 2009/2010,numa festa grandiosa e onde mais uma vez se renova a esperança de que desta vez é que vai ser.
Uma semana que encerrou os trabalhos da X legislatura, onde o Presidente da Assembleia da República, após uma maratona de votações regimentais, desejou melhores resultados a todos os que se candidatam às eleições legislativas de 27 de Setembro.
Uma semana em que foi anunciado que o desemprego em Portugal aumentou em Junho 28%, comparado com o mesmo período do ano passado, uma situação que deve continuar a exigir uma enorme reflexão do próximo governo seja qual for a cor política vencedora porque neste momento já foi ultrapassado o meio milhão, sob pena de cada vez bater-mos mais no fundo, não se perspectivando uma melhor qualidade de vida aos Portugueses e em particular aos jovens.
Uma semana onde a juntar ao aumento de infectados pela gripe HN1, infelizmente mais alguns portugueses foram vítimas de negligência na área da saúde pública que não comento por falta de conhecimentos, mas que receio que como de costume as habituais investigações e inquéritos não tenham resultados concretos em tempo útil.
Uma semana em que termino mais esta conversa ao acaso com uma reflexão de Eça de Queiroz e que considero estar extremamente actualizada.
"OS POLÍTICOS E AS FRALDAS DEVEM SER MUDADOS FREQUENTEMENTE E PELA MESMA RAZÃO"
Eça de Queroz









sábado, 4 de julho de 2009

ELEIÇÕES NO S.L.B.



Ontem realizou-se mais um acto eleitoral no S.L.B que acompanhei com particular atenção, bem como toda a campanha que o antecedeu e suas movimentações amplamente divulgadas por todos os órgãos de comunicação social.
Nalguns, foi demasiado evidente uma maior tendência para desinformar tentando deste modo criar alguma destabilização.
Ficou uma vez mais demonstrada a importância que o Benfica continua a ter neste país, pois só assim se justifica toda a "guerrilha" causada em volta da luta por um lugar de presidente do maior clube do mundo e por conseguinte uma marca com um enorme potencial de venda.
Alguém, num dos diversos debates sobre o assunto, afirmou que as eleições para presidente do S.L.B são o quarto acto eleitoral mais importante no país.
Até mesmo algum exagero verbal de ambas as candidaturas durante a campanha é aceitável se comparar-mos com o que normalmente se passa nos debates da assembleia da república e particularmente com as cenas presenciadas por todo o país no último debate sobre o estado da nação.
Não sei e também não fiquei devidamente esclarecido sobre se juridicamente haveria motivos para impugnar este acto eleitoral, isso é assunto que deve ser analisado por quem de direito.
O que sei e compreendi claramente é que a corrida ao lugar de presidente do BENFICA, é demasiado aliciante e que envolverá muitos interesses pessoais pois só deste modo se compreende que alguns nomes da nossa praça nestes momentos apareçam procurando protagonismo com a nítida intenção em promover a sua imagem pessoal, servindo-se do clube em vez de o servir.
O dia de ontem foi sem dúvida muito importante e espera-se que possa ser extremamente decisivo na concretização dos objectivos para o futuro próximo do clube da minha paixão
Não tinha e também não quis expressar preferências por candidatos, desejo apenas que o presidente eleito, juntamente com a sua equipa seja o mais indicado para continuar a projectar o clube para o lugar que lhe é devido e que não o deixe cair na banalidade a que tem sido colocado nos últimos tempos.
É tempo de colocar o clube no lugar que merece, conquistando os títulos à muito arredados e consequentemente tornar mais felizes cerca de seis milhões de portugueses.
Tenho uma grande paixão pelo Glorioso, por influência do meu pai e do meu padrinho de baptismo, tornei-me desde os primeiros dias de vida sócio do clube, teria neste momento quase sessenta anos de associado se não fosse a necessidade de tomar outras opções.
Conheci o velho estádio de madeira situado no Campo Grande e o antigo estádio da Luz que alguns anos mais tarde foi objecto de obras de beneficiação com o fecho total do 3º anel.
Fui durante muitos anos, presença assídua nas instalações do clube assistido a diversas modalidades e só não fui atleta na modalidade de ténis de mesa, por incompatibilidade de horários com os estudos e a profissão.
Vivi ao longo destes anos extraordinários momentos de exaltação clubista a par de alguns desaires, tenho bem gravado na memória grandes jogos de futebol que nem sempre tiveram como resultado final a vitória mas onde era garantido o espectáculo proporcionado pela constante massa humana.
Espero que os eleitos percebam definitivamente que é urgente criar condições para estabilizar o clube e blindar informações para o exterior a exemplo de outros, pois só assim na minha opinião os resultados desportivos surgirão.
VIVA O BENFICA.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

CONVERSAS AO ACASO " GUINÉ"




http://sites.google.com/site/asdbranco/

AQUELE INVERNO

"DELFINS"

Aquele Inverno

Delfins


Há sempre um piano

um piano selvagem

que nos gela o coração

e nos trás a imagem

daquele inverno

naquele inferno
Há sempre a lembrança

de um olhar a sangrar

de um soldado perdido

em terras do Ultramar

por obrigação

aquela missão
Combater a selva sem saber porquê

e sentir o inferno a matar alguém

e quem regressou

guarda sensação

que lutou numa guerra sem razão..

. sem razão... sem razão...
Há sempre a palavra

a palavra "nação"

os chefes trazem e usam

pra esconder a razão

da sua vontade

aquela verdade
E para eles aquele inverno

será sempre o mesmo inferno

que ninguém poderá esquecer

ter que matar ou morrer

ao sabor do vento

naquele tormento
Perguntei ao céu: será sempre assim?

poderá o inverno nunca ter um fim?

não sei responder

só talvez lembrar

o que alguém que voltou a veio contar... recordar...

recordar...

Aquele Inverno

terça-feira, 30 de junho de 2009

REFLEXOS DA CRISE


Hoje alguns órgãos de comunicação social, divulgaram um estudo efectuado por uma organização não governamental TESE, sobre as “Famílias Sanduíche” que segundo a mesma são famílias que passam os meses a esticar o ordenado, mas que ganham o suficiente para não recorrerem a apoios públicos.
São famílias de uma nova geração de necessidades sociais e que segundo o estudo mais de metade das famílias portuguesas vive com menos de 900,00€ mensais.
Outras conclusões deste estudo, apontam que a maior parte dos agregados monoparentais e dos idosos, não tem mais de 500,00€ para gastar por mês.
As regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, são onde se localizam o maior número destas famílias segundo dados apurados pela RR.
Também o (ISCTE), Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa apurou que as famílias que estão um pouco acima do limiar da pobreza, geralmente um casal com uma criança e 1000,00€ de rendimento mensal são as que têm maior dificuldade para fazer face às despesas.
13% Admite ainda que não conseguem aviar a totalidade dos medicamentos receitados e não compram presentes de Natal ou de aniversário.
Depois de pagas as despesas inadiáveis, 66% admitem mesmo situações várias de privação.
Isabel Guerra, professora neste estabelecimento de ensino, apurou ainda que a falta de tempo são outro tipo de carências sobretudo pela necessidade em trabalhar mais, quer seja em dois empregos quer seja por turnos.
O grupo cientifico do (ISCTE), está igualmente a analisar as vítimas de profissões em extinção e o impacto da formação na vida adulta.
As dificuldades dos novos reformados, onde se incluem os que saem compulsivamente da vida activa, bem como o isolamento na terceira idade são outros temas do estudo.
Considero bastante pertinente este tipo de estudos que se outra consequência não tiverem, podem fazer com que pontualmente reflictamos para uma realidade a que alguns continuam a olhar para o lado num país onde o desemprego real atinge já valores próximo dos 10,5%.
Mesmo assim o estudo conclui que uma boa percentagem de portugueses vive satisfeita com o modo de vida que têm no plano familiar, nas relações de amizade, a área de residência e o estado de saúde.

sábado, 27 de junho de 2009

FIM DAS AULAS DE "INFORMÁTICA 3"

Mais um fim-de-semana e mais um contributo para as “conversas ao acaso” onde de vez em quando, “escrevo o que penso e não penso o que escrevo”.
Terminei no passado dia 24, mais uma formação na área da informática, o 3º nível desta disciplina de um curso extra-escolar.
Foram sem dúvida, conhecimentos adquiridos que me vão permitir não perder o comboio no que respeita às novas tecnologias.
Quanto mais aprendo, mais vontade tenho de ir beber outros conhecimentos, tenho já algumas ideias, mas vou reflectir até meados do mês de Setembro para depois decidir se continuarei nesta área ou não.
O balanço desta fase que terminou, foi muito positivo o grupo de alunos não foi muito extenso mas talvez por isso mesmo muito coeso e equilibrado.
Os formadores, Dr. Carlos Duarte e Dr. João Costa, tiveram em minha opinião um papel de extrema importância no sentido em que mantiveram um permanente acompanhamento e mantiveram o grupo sempre motivado.
O dia da última aula terminou com uma pequena confraternização entre todos no SPACIO OLIVAIS onde após o jantar se procedeu á troca de lembranças do “amigo mistério”.






quarta-feira, 24 de junho de 2009

FIFTY-NINE


Assinalo hoje a passagem de mais um aniversário e a brincar são já afinal “Fifty-nine years old”, vividos de uma forma simples, tranquila, mas principalmente acima de tudo com algum equilíbrio.
É normal nestes momentos fazer o balanço do percurso efectuado nesta estrada, ao longo de quase seis décadas de existência e sem entrar em detalhes, considero o resultado final muito positivo, pese embora algumas marcas que não são mais do que a factura de um período da juventude vivido de alguma forma com variadíssimas limitações.
Os últimos anos foram particularmente marcantes, por um lado a súbita falta de emprego e as suas consequências, por outro na sequência deste facto o ter sido possível concretizar o objectivo de enriquecer os meus conhecimentos e melhorar a minha formação.
Neste momento, já não planeio grandes projectos,de imediato quero viver todos os dias lutando de forma tranquila para amadurecer em vez de envelhecer, continuando matriculado na escola da vida.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

AI QUE CALOR


O calor está aí, chegou em força e se dúvidas ainda houvesse este súbito aumento de temperatura afectou de alguma forma as mentes brilhantes da nossa praça, senão vejamos.
O primeiro ministro após a evidente derrota no último acto eleitoral, admite que ao longo da vigência do seu governo poderia eventualmente ter cometido alguns erros e referiu como exemplo a falta de investimento na cultura, só!
O governador do Banco de Portugal, no âmbito da audição na comissão de inquérito sobre as fraudes verificadas no B.P.N, engasgou-se por todo o lado, meteu os pés pelas mãos quando questionado e confrontado com provas documentais da deficiente falha de supervisão referente ao banco em causa.
Mas o mais grave e que eu não esperaria algum dia ouvir foi o que este senhor, que é só o mais bem pago governador de todos os bancos centrais da Europa, afirmar que como Governador do Banco de Portugal, não lhe competia controlar as fraudes “roubos” para os quais já vinha sendo alertado desde 2002.
Grave ainda é o facto de para taparem este buraco, já vieram ao bolso de todos nós e não sei se face ao que vier a acontecer noutras entidades bancárias, não teremos de pagar mais ainda.
Durante as longas horas em que respondeu às questões colocadas pelos diversos deputados, perdeu algumas vezes o controle e baixou o nível do debate apelidando de incompetentes aqueles que pretendiam ser esclarecidos.
Entretanto, durante alguns dias fomos vítimas de mais uma pandemia, a “Ronaldomania”, com todos os serviços noticiosos a lembrarem-nos que na Europa onde querem que todos pertençamos e onde o desemprego, a fome e a miséria galopam rapidamente, se pagam valores astronómicos por um jogador de futebol que mesmo ponderando uma série de condicionantes, é em meu entender uma grande ofensa para todos os cientistas, investigadores, médicos etc, cujo rendimento do seu trabalho, não deve ter a mínima comparação.
Mas é assim , é a sociedade que temos, aquela onde reconhecemos estarem muitas coisas erradas, mas por comodismo pactuamos.
Nada de desanimar, os Santos Populares ainda não terminaram, a sardinha continua a custar 1,50 Euros a unidade, o glorioso está em campanha eleitoral e daqui a três meses lá temos que ir decidir sobre o nosso futuro nas eleições autárquicas e legislativas e enquanto isto andamos distraídos.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O MUNDO É PEQUENO




Foi com particular satisfação que hoje e decorridos trinta e nove anos, tive o privilégio de contactar via telefone com o meu primeiro comandante de companhia na Guiné o ex. capitão José Martins.
Tal só foi possível, porque ao que soube ambos estamos permanentemente atentos a tudo o que se relacione com a Guiné e particularmente com o Bachile e a C CAÇ 16.
E foi assim que embora a viver na China à mais de vinte anos, o José Martins consegiu chegar ao meu blog, deixando um comentário e o seu contacto telefónico.
Foram breves minutos de conversa onde foi possível recordar-mos ex. camaradas e situações experienciadas em comun, percebendo ambos que apesar de decorridos tantos anos temos ainda bem presente na memória momentos da nossa relação, ficando a certeza da vontade em continuar a fazer tudo na tentativa de encontrar outros para quem sabe um dia e enquanto é tempo pois já não somos nenhumas crianças, promovermos um encontro.
António Branco

sábado, 6 de junho de 2009

MEMÓRIAS







Passam precisamente hoje, 37 ano que cheguei à Guiné-Bissau em consequência de uma mobilização para o que se designou por “Guerra do Ultramar”
Num exercício quase permanente de pós memória, tentei transportar para o livro ”Guiné- Bachile 1972-1974” as mais significativas experiências e emoções vividas.
Foi esta a forma que encontrei para descrever a memória privada de um período importante da minha vida, porque cada vez mais é notória a falta da memória colectiva onde se acentua o sentimento de abandono dos ex combatentes.
Procurei ao longo destes anos encontrar o paradeiro de alguns dos camaradas que fizeram comissão no mesmo período, tarefa algo difícil porque o regresso foi fraccionado porque fomos mobilizados no sistema de rendição individual.
Só muito recentemente e beneficiando das novas tecnologias, iniciei pesquisas sobre tudo o que estivesse disponível relativamente ao Bachile e à C CAÇ 16 e através do blogue “Luís Graça e& camaradas da Guiné”, consegui encontrar apontamentos sobre o local e a história da unidade militar e também iniciar contacto com camaradas que tendo lá estado num período coincidente ao meu, tem permitido recordar momentos vividos em comum.
Mesmo decorridos tantos anos não há quem possa ficar indiferente aquela terra que marcou de qualquer forma quem por lá passou.
Infelizmente no momento em que escrevo, surgem mais uma vez notícias de grande instabilidade em Bissau nas vésperas do início de uma campanha eleitoral.
Através do blogue e na medida em que possam surgir novos contactos, vamos tentar reunir o número possível de camaradas para uma próxima confraternização que será sem dúvida muito gratificante para todos.

PAISAGEM DA GUINÉ .BISSAU

quarta-feira, 3 de junho de 2009

NOVAS OPORTUNIDADES


Apesar de decorridos já alguns meses, não quero deixar de partilhar com os amigos que visitem este espaço, a extraordinária experiência que resultou a conclusão do "ensino secundário" ao abrigo do programa “Novas Oportunidades” frequentado na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa
Na sequência dos resultados obtidos no processo anterior “ensino básico” fiquei extremamente motivado, começando a olhar para mim de outra forma, valorizando mais as minhas capacidades.
Reconheço que quando do início destes programas, estava um pouco séptico sobre os verdadeiros objectivos dos mesmos, mas rapidamente mudei de opinião quando iniciei o processo inserido num grupo que incluía diferentes classes etárias, objectivos diversos e percursos de vida extremamente ricos.
Dediquei-me com todo o empenho respondendo afirmativamente á realização das actividades sugeridas pelo grupo de formadores sobre os mais variados temas.
Foram precisamente seis meses de intenso desenvolvimento de um trabalho autobiográfico e de pesquisa que resultaram num portefólio de que muito me orgulho.
Fiquei até um pouco surpreendido com os resultados obtidos e provavelmente terei até surpreendido mais alguém, mas não quero deixar de realçar que muito deste meu “êxito” se deveu ao empenho e motivação permanentemente transmitido por uma extraordinária equipa de formadores e aos meus familiares e amigos.
Aos formadores, faço questão de neste espaço deixar o meu agradecimento público pela forma profissional e humana como desenvolveram o seu trabalho, bem como á disponibilidade permanentemente demonstrada, considerando por isso ser de toda a justiça publicar neste blogue a sua identidade.
Profissional RVCC-------Dr.ª Rita Monteiro
Formadores de CLC--- Dr.ª Lúcia Serralha Carvalho, Dtº Ana Glória e Dr.Domingos Correia
Formadores de STC----- Dr.ª Ana Filipa Carvalho e Drª Cláudia Fonseca
Uma palavra também para a direcção da escola pela organização e para as condições que nos propocionaram.
Agora e no complemento da minha formação, tenho contactado com adultos que estão inseridos em processos similares mas a frequentarem outros estabelecimentos de ensino. Nesse contacto tenho disponibilizado o apoio possível resultante da experiência adquirida porque, constacto algum défice de motivação e eventualmente uma menor proximidade entre formandos e formadores.
Naturalmente, este não é um processo isento de defeitos e será certamente, ao longo do seu percurso, melhorado e ajustado, não invalidando que reconheçamos o mérito de quem teve a coragem de o pôr em prática um projecto com o objectivo de promover a certificação dos portugueses.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

DEMOCRACIAS EM PERIGO


Aproxima-se o inicio de mais uma campanha eleitoral, um acto que previsivelmente será marcado por uma larga percentagem de abstenção.
Todos devemos pensar sobre as causas de tal atitude que ao manter-se fará eventualmente daqui a alguns anos, com que a democracia esteja em risco.
Na sequência de previsões mais pessimistas Gordon Brown, primeiro-ministro inglês disse:”Temos de construir comunidades fortes e envolver as pessoas na sua construção”, ao mesmo tempo Nicolas Sarkozy, presidente francês, afirmava:” Se a perda de confiança for tal que nem se vota, acabaremos varridos por tumultos”
Em Junho, 375 milhões de pessoas de 27 países da União Europeia, terão oportunidade de eleger 736 mulheres e homens que as representarão no Parlamento Europeu durante cinco anos.
A desconfiança dos eleitores nos políticos pode ameaçar o sistema em Portugal e na Europa, porque as pessoas interrogam-se se valerá a pena em eleger líderes em quem não acreditam.

sábado, 16 de maio de 2009

NEGÓCIO DAS RECEITAS
























São já poucas as coisas que me surpreendem nos últimos tempos neste país mas, eis que hoje voltei a surpreender-me ou talvez não, quando assistia a um dos serviços noticiosos de um canal televisivo, surge a confirmação de um gravíssimo crime cometido por alguns (espero bem que só por alguns) intervenientes directos na saúde pública no nosso país, praticam à custa do nosso povo.
Finalmente, hoje foi confirmado que pelo menos uma empresa com responsabilidades na indústria, comércio e distribuição de medicamentos, utiliza há algum tempo, processos ilícitos, criminosos para fomentar a venda dos seus produtos.
O processo consiste em que por um determinado número de embalagens receitadas de medicamentos de algumas marcas, aos médicos são lhe oferecidos, Tvs Lcds, vales de desconto em compras no Continente e até valores em dinheiro entre outros.
Este processo não foi desmentido pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, que até confirmou já há mais de um ano já ter ouvido falar no assunto e ter enviado participação ao ministério público mas descartando responsabilidades por não tomar medidas disciplinares sobre os infractores, por se tratar de um caso de polícia.
Como se isto só não fosse o suficiente, foi noticiado que mais recentemente já este ano, outra empresa do mesmo ramo, utilizou a mesma estratégia embora com um processo diferente.
É enviado a um grupo de médicos, vales no valor de 450,00 Euros, para estarem presentes num determinado hotel da cidade do Porto, a promoverem uma acção de formação com delegados de propaganda médica que elogiavam os seus medicamentos, mas que não passa de um compromisso de fidelização dos mesmos em prescreverem medicamentos de marcas por eles representados e na obtenção de listas dos médicos presentes para futuras visitas e para atribuição de bónus diversos.
Receio bem que mais este escândalo nacional, não fique numa qualquer gaveta e não se volte a falar mais no assunto e fiquem impunes o responsável, enquanto uma parte do nosso povo, sofre de restrições de vária ordem para poder comprar o seu receituário médico
Este estado de coisas tem de acabar de uma vez, o povo não pode continuar distraído e não pode continuar a permitir que a sua dignidade seja consequentemente posta em causa.
BASTA!

domingo, 10 de maio de 2009

PORTUGAL É PORREIRO PÁ


Olá amigos
Após alguns dias de ausência, voltei a este espaço neste fim-de-semana algo cinzento e chuvoso, mas óptimo para alguma reflexão, para dedicar algum tempo à leitura e seguir pontualmente alguns blogues como “Ausências no tempo”, “Pesca ao largo de Peniche” ou “Geração sanduíche”.
Aqui, neste cantinho à beira mar plantado, a última semana tem sido bastante animada, já se ouvem os primeiros ecos da confrontação verbal associada a uma pré campanha eleitoral para as Europeias, a grande divulgação das consequências e notícias relacionadas com o vírus H1N1 e o ressurgimento de alguns conflitos de ordem social, localizados em bairros considerados problemáticos e que em minha opinião pelo momento que se vive não vão ficar por aqui e ainda a constatação de que o Futebol Clube do Porto vai hoje vencer o tetra Campeonato Nacional de futebol.
Um dia destes pus-me a pensar que afinal os portugueses são um povo com razões de sobra para andarem contentes e felizes apesar de tudo, senão vejamos.
Logo a seguir ao Natal, esgotaram-se os principais espaços para comemorar a passagem de ano, depois logo de seguida os festejos do carnaval levaram imensos foliões aos principais santuários desta festa.
No inicio de Abril, mais um fim-de-semana alargado foi motivo para as comemorações da Páscoa, seguindo-se as comemorações alusivas ao 25 de Abril e1º de Maio.
Segue-se o primeiro acto eleitoral deste ano, depois os festejos dos Santos Populares, as férias em locais paradisíacos que só uma classe de portugueses pode fazer e após o regresso, a concentração nos restantes actos eleitorais a que vamos ser chamados e quando olhar-mos para o lado, verificamos que estamos de novo no Natal e mais um ano esgotado.
PORTUGAL É PORREIRO PÁ

quarta-feira, 29 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

"BENFICA"

"GLORIOSO@
http://www.slbenfica.pt/

Um link para saber as últimas notícias do "Glorioso S.L.B"

domingo, 26 de abril de 2009

FUI MORDIDO PELO MOSQUITO



É verdade! Decorridos trinta e cinco anos penso que o vírus se instalou definitivamente.
O vírus que me fez ficar ligado para o resto da vida à Guiné de tal forma, que quase diariamente a minha memória rebobina até lá e me faz reviver com intensidade, alguns dos momentos mais marcantes.
Acompanho tudo o que são notícias referentes a este pequeno mas cativante país, vivo pois com intensidade os momentos críticos por que tem passado um povo que já merecia ter uma outra qualidade de vida.
Na Guiné, 13 em cada 100 crianças não sobrevive e mais de nove em cada mil mulheres morrem por complicações no parto.
Sinto à muito uma enorme vontade de lá voltar e poder participar numa qualquer acção que pudesse contribuir um pouco para melhorar o nível de vida daquela gente.
Sei que este meu desejo dificilmente será concretizado porque não prevejo a curto prazo condições para o fazer, no entanto tentarei dar o meu contributo possível.
Um exemplo apenas do bom trabalho que se vai fazendo, é a Associação Casa Emanuel que desenvolve uma acção humanitária e social desde 1995, recebendo com regularidade crianças órfãs, abandonadas ou com deficiência
Compreendo cada vez melhor o que sentem todos aqueles que nasceram, viveram ou simplesmente passaram por África, é um sentimento demasiado marcante, é o vírus que jamais no largará.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Debate Quinzenal na A.R.


Já não vinha à alguns dias a este espaço mas, depois de ter assistido ontem a mais um degradante debate quinzenal na assembleia da república entre o governo e a oposição, não fico bem comigo se não deixar de expressar a minha opinião.
É com profunda tristeza que constado passados trinta e cinco anos desde a implantação da democracia, que assistamos ainda a espectáculos tão degradantes.
É altura de exigir-mos mais aos “políticos” que com o nosso voto colocámos na assembleia da república para nos representar.
Nos últimos tempos, quer os discursos do governo quer da oposição, são vazios de conteúdo e não têm sido virados para os problemas reais das pessoas.
Surgem constantes criticas ao governo por falta de soluções mas, é um facto que também não se perspectivam alternativas credíveis por parte dos grupos da oposição.
Os debates são cada vez mais, discursos compostos por frases feitas reflectindo demasiada evidência de um enorme défice de liderança.
É de liderança que o país precisa acima de tudo, uma boa parte da população anda triste, deprimida e acima de tudo distraída e sem muita esperança num futuro melhor.
Estamos a precisar de estabilidade política e económica para que o projecto de sociedade que nos foi proposto em 1974 se concretize sem hesitações.
A proximidade da comemoração de mais um aniversário do 25 de Abril e os novos actos eleitorais que se aí vêm, poderão servir de aperitivo para uma séria reflexão sobre as previsões mais negativas emitidas recentemente por entidades credíveis.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

AINDA SINTO 0 CACIMBO












A minha única experiência em África decorreu entre o período de 1972 e 1974, no âmbito do cumprimento de uma missão a que o regime político vigente na altura resolveu designar por “Guerra do Ultramar “. Fui empurrado para esta guerra por obrigação e absolutamente contrariado, pois já na época tinha consciência dos motivos que levaram os nossos políticos a sustentarem-na.
Não pretendo criticar quem a fez com convicção, nem quem escolheu outros caminhos ou até mesmo os que optaram pela sua recusa porque, o meu modelo de vida e os meus valores serviram muito bem a minha consciência. Fiz quase dois anos de comissão, num ambiente completamente hostil, cheio de riscos, privações e sacrifícios, mas apesar de tudo, não atiro pedras a ninguém, assim como não aceito que se atrevam a atira-las a mime nem sequer quero imaginar que tal sentimento seja partilhado por todos. Estive dois anos no Bachile uma zona operacional situada a norte da Guiné, colocado na C.CAÇ16, companhia africana que incluía mais de cento e cinquenta naturais da Guiné de várias etnias.
Privilegiei na medida do possível o contacto pessoal com todos de onde absorvi muitos conhecimentos nomeadamente da sua cultura e dei especial atenção ao contacto com a população civil, participando inclusive nalgumas das suas manifestações culturais. Por isso quero reservar este espaço para mais uma vez demonstrar o enorme carinho e amizade pelo povo da Guiné em geral e em particular pelos Manjacos, etnia que habitava em maior número na zona próxima do aquartelamento onde estive colocado. Povo da Guiné que apesar de ter ganho uma guerra, decorridos todos estes anos não conseguiu ainda ganhar a paz. Testemunhos recentes de antigos camaradas que têm tido oportunidade de visitar este país, são prova inequívoca do quanto ainda aquela gente nos admira e estima. Não irei certamente esquecer tão depressa a profusão de sentimentos, odores e de cores que tornavam cada deslocação numa viagem de prazer único para quem como eu ama a natureza. Ainda sinto o cacimbo, o cheiro da terra e os olhares de homens e mulheres extremamente carenciados mas sempre com uma enorme disponibilidade. Também não desaparece da minha memória o rosto de algumas crianças extremamente desprotegidas e carenciadas das mais básicas condições de sobrevivência e a quem na medida do possível tentei proporcionar um pouco de felicidade.







Paisagem da Guiné- Bissau




De todos naturalmente recordo com maior significado, o Augusto Martins Caboiana que na altura teria três ou quatro anos de idade, que vivia no aquartelamento considerado prisioneiro de guerra e a quem disponibilizei muito do meu tempo livre no apoio às suas mais diversas necessidades. Por tudo isto, foi um período da minha vida, vivido de forma extremamente intensa por vezes quase no limite. O dia da partida do Bachile foi vivido com grande emoção, residia em mim um sentimento mesclado entre uma enorme alegria por estar iminente o meu regresso a casa, com um outro de saudade pelos momentos vividos durante dois anos, juntamente com um grupo de seres humanos extraordinários e com os quais partilhei excelentes momentos a par de outros bem mais difíceis e complicados mas que resultaram numa enorme experiência de vida. A Guiné apesar da sua simplicidade, pobreza e do eminente perigo provocado pelo conflito armado, continuava a oferecer-me muito do seu enorme potencial quer paisagístico quer humano que absorvi muito intensamente e que ainda hoje passados que estão trinta e cinco anos guardo na memória com muita saudade todos os momentos vividos. O nascer de um novo dia, o cheiro característico a terra que se fazia sentir particularmente no interior, o sabor das inúmeras variedades de frutos tropicais permanentemente à nossa disposição, a variedade de sons emitidos pelas diversas espécies de animais, o esplendoroso pôr-do-sol, o ruído frenético provocado por uma nuvem de insectos mas particularmente a riqueza do contacto humano, foram sem dúvida algumas das minhas maiores referências. Quando regressamos de uma experiência destas, à seguramente uma perda de inocência, nenhum de nós foi para a guerra e voltou impunemente igual mas, por outro lado adquire-se uma riqueza humana tão grande que só os que por lá passaram conseguem traduzir.




Puto da Guné

quinta-feira, 16 de abril de 2009

MOMENTO DE REFLEXÃO


Diariamente, deparamo-nos com situações na sociedade portuguesa extremamente difíceis de digerir.
Através dos órgãos de comunicação social, tomamos conhecimento dos mais variados problemas que presentemente afectam em muito a vida da maior parte dos cidadãos, quer vivam nos grandes centros, ou no interior muitas vezes esquecidos e marginalizados pelo poder político, com excepção dos períodos pré eleitorais.
A nossa auto estima, pauta-se cada vez mais, por níveis muito baixos, consequência de um período de vivência extremamente difícil que a crise económica e financeira global veio ainda agravar mais.
É previsível que por este andar, nos tempos mais próximos a vida de uma boa percentagem de portugueses vai tornar-se cada vez mais difícil, isto porque em meu entender, aqueles que através do nosso voto foram escolhidos para encontrar soluções de forma a atenuar as consequências da situação, não têm correspondido minimamente ao que deles era esperado, apesar de discursos e visitas altamente empolgadas mas sem efeitos práticos.
É em minha opinião, demasiado evidente que pese embora todos os contratempos de conjuntura económica, o principal problema do nosso país reside principalmente na grande falta de liderança existente nos nossos políticos.
Porque a minha actual situação”Desempregado” permite-me uma grande disponibilidade de tempo, preocupo-me o mais possível em me informar acompanhando os debates e artigos de opinião de autoria de muitos e bons especialistas que o país felizmente ainda tem.
Todas as estratégias anunciadas contra a crise, não passam de meras boas intenções, isto porque não trazem resultados imediatos ou a curto prazo que nos façam acreditar numa recuperação.
O desemprego é presentemente um dos maiores flagelos que afectam a sociedade portuguesa, diariamente somos bombardeados com notícias de empresas e fábricas a encerrar e que enviam para o desemprego, homens, mulheres, jovens e menos jovens que de um momento para o outro se vêm numa situação que só os que são directamente afectados sabem quanto custa.
Os números de desempregados anunciados por parte do governo, não estão de acordo com os emitidos por outras entidades como o INE- Instituto Nacional de Estatística.
São uma mentira porque não estão a ser contabilizados todos os que não têm emprego, mas apenas os que estão inscritos nos diversos centros e que estão a receber subsídio.
Os centros de emprego, sob a direcção do IEFP- Instituto de Emprego e Formação Profissional, são um autêntico elefante branco para este governo, onde os problemas dos desempregados não são minimamente resolvidos por um conjunto de administrativos licenciados que estão numa situação profissional estável e privilegiada e sem a preparação adequada para tentar resolver ou ajudar a resolver os problemas de cada um.
Falo por experiência sobre o tipo de relacionamento e do discurso frio e distante utilizado para com os desempregados, fazem-nos sentir culpados por nos terem empurrado para esta situação.
Depois, vêm as incompreensíveis apresentações quinzenais que não servem para controlar nada pois, apenas na data prevista é trocado um papel por outro com uma nova data de apresentação.
Também aqui me parece que este sistema foi criado para beneficiar alguém menos o desempregado, porque não se vislumbra qualquer utilidade neste processo.
Aliás este processo inicialmente entregue às juntas de freguesias, foi rejeitado por algumas autarcarquias, não fazendo sentido que um residente numa determinada área tenha de fazer as suas apresentações numa freguesia diferente da sua residência.
Talvez fosse preferível usar as juntas de freguesia como elemento privilegiado na relação com o desempregado, aproveitando desta forma as diversas competências destes para a realização de funções em prol da comunidade.
A crise económica, contribui sem dúvida para o agravamento do desemprego, mas casos haverá em que alguns responsáveis pelas empresas se aproveitaram da situação para se livrarem das suas responsabilidades para com a sociedade isto porque, em Portugal há mais patrões do que verdadeiros empresários, mas também muito provavelmente não estarão a ser criadas todas as condições de apoio aqueles a quem se justificava e paralelamente a devida penalização aos outros que não cumpre devidamente o seu papel na sociedade.
Para isso era necessário um rigoroso controlo de forma a não ser possível encerrar empresas a seu belo prazer mas também não é com a concessão de crédito a empresas já com extremas dificuldades de tesouraria que se recupera a economia.
Naturalmente, não estou de acordo com os apoios que as finanças públicas têm dispensado a alguns grupos financeiros.
Naturalmente, não estou de acordo com os altíssimos valores atribuídos às reformas e aos vencimentos de muitos empresários e políticos da nossa praça, era prioritário terem sido já decretados tectos máximos para os vencimentos e reformas de algumas elites, pese embora não resolvesse de todo o problema, transmitia uma imagem bem diferente aqueles que sobrevivem com valores inferiores ao SMN.
O país precisa de soluções, caso contrário corre-se o sério risco de virem a ocorrer graves conflitos sociais que nem o permanente optimismo do nosso primeiro-ministro e da sua equipa governativa evitará.
Naturalmente, nem eu nem qualquer cidadão de bom senso poderemos estar de acordo com o que se vai acontecendo com a política de justiça deste país.
Os corruptos, violadores, pedófilos, assassinos e os autores de violência doméstica continuam a actuar a seu belo prazer, continuando a serem aceites os recursos só porque o condenado não concorda a pena atribuída.
Os processos judiciais mais mediáticos nunca mais têm fim e algumas decisões que deixam qualquer um pasmado.
Permite-se que se mantenham em liberdade elementos de perigosos gangs e manda-se para a cadeia o homem que roubou um telemóvel, a mulher que roubou um perfume no supermercado ou a mulher que não pagou a coima por não ter adquirido o título de transporte.
A quem interessa que a nossa justiça funcione deste modo?
A quem interessa que o departamento especializado em crimes económicos, nunca mais seja posto a funcionar e que na actual legislação, não seja ainda contemplado o crime de enriquecimento ilícito, que escutas telefónicas, filmes e vídeos não sejam admitidos como provas
Naturalmente que não posso concordar com o estado da saúde em Portugal, quando frequentemente se assiste a relatos de negligência médica, de esperas nos serviços de urgência que chegam a atingir dezoito horas e a diagnósticos incorrectos dos serviços de emergência médica com algumas consequências bem conhecidas.
Actos de negligência médica são relatados frequentemente, outros serão abafados por gente poderosa face á debilidade do doente e muito raramente se apuram os responsáveis.
Uma consulta de oftalmologia tem lista de espera superior a um ano, o mesmo acontece a quem necessitar de uma consulta de estomatologia.
Mesmo assim pretende-se eliminar o SNS- Serviço Nacional de Saúde, criado em 1979 e que assegura o direito á saúde (promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos.
Corremos o risco de os seguros de saúde, absorverem um direito que muito nos custou a conquistar.
Na educação, o estado das coisas não muda muito, o diferendo entre o ministério da tutela e os professores não serve a ninguém, pede-se naturalmente um pouco mais de bom senso de todas as partes envolvidas para bem de todos.
As constantes notícias de actos de indisciplina nas escolas, têm de terminar sob pena de se estar a formar jovens que daqui a dez anos, são uns marginais, mas não se peça à escola nem aos professores que desempenhem esse papel porque esse trabalho é da exclusiva responsabilidade dos encarregados de educação.
Não adianta responsabilizar o estado por este estado de coisas, é tempo de exercermos o nosso papel de cidadãos sendo cada vez mais activos, participativos e intervenientes.
Temos de uma vez por todas de nos habituar a fazer política, conscientes de que o preço apagar por não a praticar, será o de termos a governar-nos quem não lá queríamos que estivesse.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

APRENDIZAGEM

Ericeira--Furnas


Estou a iniciar os primeiros passos na criação e publicação de textos e imagens no blogue e a partir de agora, vou pontualmente inserir temas de assuntos que considere de interesse comum,assim como partilhar algumas experiências adquiridas ao longo de seis décadas de existência.
Para aperitivo incluí uma foto de minha autoria, de um local na vila piscatória da Ericeira e designado por Furnas.
Porque adoro fotografar em particular paisagem, sempre que achar interessante publicarei algumas.


DESABAFOS


Olá, estou a iniciar o meu blogue e neste espaço irei pontualmente Opinar,Comentar, Reclamar enfim Desabafar sobre os mais diversos temas da actualidade.
Simultãneamente, vou partilhar com todos os visitantes, algumas experiências de vida adquiridas em seis décadas de existência e que considere ser de interesse comum.