domingo, 19 de setembro de 2010

MEU CANTO DE GUERRA


Pesquisei, encontrei e gostei, como tal resolvi partilhar convosco um dos poemas de Solano Trindade.
Poeta pernambucano, filho de um sapateiro, nascido
em 1908. Emigrou para São Paulo. Foi operário e colaborou
na imprensa. Trabalhou no cinema e manteve um grupo teatral
folclórico por vários anos. Escreveu Poemas de uma Vida
Simples e Cantares do Meu Povo.


MEU CANTO DE GUERRA

Eu canto na guerra,
Como cantei na paz,
Pois o meu poema
É universal.
É o homem que sofre,
O homem que geme,
É o lamento
Do povo oprimido,
Da gente sem pão...
É o gemido
De todas as raças,
De todos os homens.
É o poema
da multidão!

MEU GRITO


Ausente deste espaço desde o passado mês de Julho, hoje acordei com vontade de voltar às "conversas ao acaso", numa altura em que muitos provavelmente estarão já a sofrer do stress térmico…das férias de verão.
Mas, mais grave do que este sintoma provocado pelo fim das férias, é o facto de estarmos todos a pactuar com o actual estado da economia e não só do país.
Um país onde até os bebés que vão nascer já foram enganados.
Um país onde o frequente discurso optimista do primeiro-ministro, é irreal, pois é o único que não vê ou não quer ver a falta de competitividade do país.
O governo existe, mas não governa a oposição existe mas não faz oposição a um governo e primeiro-ministro persistente e teimoso.
Estamos perante um dos momentos mais difíceis da economia num país cada vez mais injusto e cada vez mais endividado.
Foram precisos quarenta anos para correr com os outros senhores que colocaram Portugal numa situação que só alguns de nós conhecemos.
Estão quase decorridos outros quarenta anos e andam agora outros a deixar o país numa situação cada vez mais frágil.
Do que é que estamos à espera?
Não tínhamos dúvidas, viremo-nos para o lado e são quase todos iguais num país onde o crime e a corrupção compensam.
Por cada hora que passa, Portugal endivida-se em mais de 2 milhões de euros.
Estou farto da actividade da maioria dos políticos baseada na mentira, no engano e na dissimulação.
Já chega de equilibrismos justificando males menores e de comissões de inquérito que não passam de uma fantochada de dúbia credibilidade dos deputados.
Basta de consensos em nome da salvação nacional.
Com Bartolomeus Dias destes, ainda hoje o Cabo da Boa Esperança estava por dobrar.
É tempo de parar com o aumento dos impostos camuflados sobre a classe trabalhadora, os reformados e pensionistas.
É tempo de acabar com a ineficácia da justiça, com o despesismo do governo e com os diagnósticos que indicam que a situação é insustentável mas depois não se vê tomarem medidas.
É tempo de pararem com o politicamente correcto usado e abusado pelo sistema partidário, deixem de dizer que o primeiro-ministro é incompetente e depois porque outros interesses se levantam, não apresentam ou não apoiam as moções de censura.
O ego nacional está em baixo, mas as pensões de luxo sobem cada vez mais.
Reformas superiores a 4000 euros mensais, já ultrapassam as 5500, ou seja mais 55 por cento face ao ano de 2004, e escuso-me de mencionar aqui os nomes e os valores de muitos dos conhecidos da nossa praça que estão inseridos neste lote.
Discutam não só os ordenados mínimos, mas também os ordenados máximos.
Despesas orçamentadas pelo primeiro- ministro e 15 ministros, subiram um milhão de euros face a 2009.
São dados que diariamente nos chegam através da comunicação social.
Vamos ganhar menos e comprar mais caro, devíamos pois poder responder na cara dos políticos que elegemos que não foi para isso que votámos.
Quem está reformado e até continua a descontar, não está a receber nenhum favor, pagou e duramente o pouco que agora recebe.
Ponham todos os portugueses a receber o rendimento mínimo e entreguem ao governo o resto do dinheiro.
Pois é, isto é um grande problema, mas o pior de tudo é não ter nenhum problema.
Não queiramos retroceder, não queiramos voltar ao tempo em que nos davam apenas um canal de televisão a preto e branco e nos impingiam uns plásticos azuis fazendo de conta que estávamos a ver Tv. a cores.
Agora sim, agora é que é preciso “FORÇA PORTUGAL”