terça-feira, 30 de março de 2010

QUE FUTURO ?


Se há coisas onde me recuso participar, é no jogo sujo do cinismo, se não gosto não gosto mesmo e não o escondo.
Concordo que em determinadas situações perdi algo por ter este tipo de comportamento, mas tenho a certeza de ter ganho imenso por estar bem comigo.
E não gosto de muita coisa que diariamente afecta a sociedade em que vivemos e que em meu entender está a tornar-nos num povo medíocre.
A justiça portuguesa vai de mal a pior, frequentemente somos confrontados com decisões de bradar.
Esta é a justiça que se mediatizou imenso e a justiça desportiva seguiu-lhe o caminho.
A violência no nosso futebol começa a ser um pouco o espelho da sociedade, uma sociedade que precisa urgentemente de se mobilizar, lutando e divulgando as injustiças a que permanentemente estamos sujeitos.
São frequentes situações perfeitamente escandalosas com repercussões que afectam a credibilidade do regime democrático.
O 25 de Abril, foi-nos oferecido não nos custou nada, muito poucos entre dez milhões fizeram algo para o conseguir, por isso é que estamos como estamos.
Já podíamos estar no Século XXI, não estamos por culpa de uma série de incompetentes que nos têm andado para aí a enganar-nos e que dizem que nos estão a governar, mas o que estão é a enterrar-nos a toda a força.
Somos um povo de pessoas simples, mas pessoas simples não significam pessoas estúpidas, há quem viva em grandes palacetes e se faça transportar em viaturas topo de gama e que são pessoas completamente vazias.
Gosto de sonhar baixinho pois será a única forma de poder concretizar os meus sonhos.
Gostava de sonhar que vivia numa democracia verdadeira onde todos pagassem impostos, onde todos tivessem o mesmo sistema de saúde e onde a justiça fosse igual para todos.
Gostava de sonhar que após o seu contributo de uma vida de trabalho, todos pudessem usufruir de uma reforma justa.
VOZ QUE LÁ DO VOSSO IMPÉRIO
PROMETEIS UM MUNDO NOVO
CALAI-VOS QUE PODE O POVO
QUERER UM MUNDO NOVO A SÉRIO
António Aleixo

terça-feira, 16 de março de 2010

AS NOSSAS MOTIVAÇÕES


Finalmente um fim-de-semana em que o sol brindou os portugueses que já andavam desesperados pela ausência do calor do astro rei.
Isso motivou a saída à rua de muita gente, animando as esplanadas e outros locais junto às praias, os restaurantes situados junto ao mar, voltaram ater a ocupação que já há algum tempo não conheciam.
É bom que assim aconteça para que possamos largar o ar cinzento com que muitos de nós andamos preocupados pelas notícias menos agradáveis que todos os dias no chegam.
Entretanto a pacata vila de Mafra, viveu este fim-de-semana, igualmente uma agitação a que está pouco habituada.
O congresso extraordinário do P S D foi o motivo para um movimento fora do comum com a presença de todos os congressistas e acompanhantes.
Mafra e as zonas envolventes, não tiveram resposta para alojar todos os interessados e foi necessário recorrer a casas particulares alugadas a bons preços aproveitando a oportunidade.
Do congresso que acompanhei com alguma atenção, sobressaiu a ideia de uma luta pelo lugar que poderá vir a ser o trampolim para o futuro primeiro ministro de Portugal.
Quem é que está interessado em governar este país no estado lastimoso em que isto se encontra?
Estamos pobres, muito pobres e em 2013 segundo os analistas que estudaram o P E C vamos estar ainda mais pobres
Economicamente estamos numa situação difícil, continuam a pedir sacrifícios às classes média e média alta, mas em meu entender o nosso maior défice è o da falta de liderança, da falta de políticos sérios em vez de oportunistas que se servem do país em lugar de o servir .
Depois e no meio deste quadro negro que constantemente nos pintam, surgem noticias como o vencimento anual bruto sem incluir prémios de gestão da presidente executiva da EDP-Renováveis.
O governo aumenta as margens de lucro das farmácias e prepara-se para premiar gestores envolvidos em processos pouco claros, enquanto pensa pôr em prática limitações ao subsídio de desemprego.
Para concluir, acabo de ouvir uma entrevista que me desagradou imenso. Deco afirmou que gosta muito dos Portugueses, mas sente-se Brasileiro e quer voltar para a sua terra.
Naturalmente Deco apesar de ter já realizado grandes exibições por Portugal, desta vez sentiu necessidade em ser autêntico, verdadeiro num momento que antecede o Mundial de Futebol em que o Brasil está inserido no mesmo grupo que nós, poderá trazer-lhe alguns problemas de consciência..
Nunca defendi a naturalização de jogadores Brasileiros com a finalidade de poderem representar a selecção nacional de futebol.
Depois do que acabo de ouvir e por muito que algumas entidades e adeptos de futebol, admirem o sotaque transmontano do Liedson ou a pronuncia alentejana do Deco, penso que se devia repensar já a inclusão de não naturais portugueses na equipa das quinas.
Espero que o seleccionador nacional retire daqui as suas conclusões e que mais valias destas, mais valiam não terem vindo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

AFINAL QUEM É QUE MENTE?




Nestes últimos dias extremamente chuvosos e frios, a actualidade do país tem andado envolta num manto de denso nevoeiro ,que vai cobrindo as mais diversas áreas desta já tão frágil sociedade.
Na comissão de ética do parlamento, tem-se assistido a um desfilar das mais variadas afirmações sobre o possível negócio entre a P T e a estação televisiva T V I, com a eventual envolvência do governo.
Sobre o assunto, já correu muita tinta mas, estou certo que muita mais ainda irá correr porque ninguém vai alterar nada ao que já se disse e muito sinceramente, custa-me a crer que após tantas e controvérsias afirmações, alguém nesta comissão de inquérito criada para o efeito consiga vir a concluir algo de concreto e esclarecer-nos sobre a verdade a que temos direito.
Senão vejamos apenas alguns exemplos: Manuela Moura Guedes, após ter sido excluida do Jornal Nacional, pôs a boca no trombone e agitou ainda mais as águas.
Henrique Granadeiro, devolve pressões ao P S D e em consequência o P S chama Morais Sarmento.
Zeinal Baba disse que não informou o governo sobre o possível negócio da T V I.
José Eduardo Moniz voltou a fazer afirmações que implicam Sócrates.
Entretanto jornalistas são constituídos arguidos e o presidente do sindicato da classe, afirma que a liberdade de expressão está seriamente ameaçada.
O Presidente da República afirma apenas que não está esclarecido e espera que as responsabilidades sejam apuradas, sobe pena de ninguém poder ficar acima da lei.
Está claro que nada disto é suficientemente claro e era bom que todos nós ficássemos suficientemente esclarecidos sobre o assunto entretanto, problemas gravíssimos que cada vez mais afectam a sociedade e que nos deixam asfixiados a vários níveis, estão suspensos de resolução.