segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO



Mais um ano a terminar e com ele fecha-se uma janela de onde para muitos apenas se deslumbravam doze meses cheios de esperança e a concretização de alguns dos seus projectos.
No entanto, para a maioria, essa esperança não só se foi diluindo ao longo dos meses como, começaram a sentir na pele todos os efeitos da actual situação da sociedade em que vivemos.
Ao contrário de muitos, não viro a cara para o lado fazendo de conta que nada acontece.
Estou cada vez mais preocupado comigo, com os meus e com todos os outros cada vez mais marginalizados e quase sem voz activa.
Se não deitar-mos cá para fora a nossa revolta tudo será pior, qualquer luta no presente terá estou em crer os seus efeitos no futuro.
Basta de desigualdades, a resignação nunca fez avançar as sociedades e os discursos fatalistas apenas significam estagnação.
Nestes tempos extremamente difíceis, a solidariedade é ainda mais importante e o que é importante não se embrulha.
Todas as medidas de austeridade ultimamente implantadas, não só não resolvem o problema como asfixiam os que menos têm e privilegiam os de maior poder económico.
É por isso urgente terminar com os compadrios e salários milionários em institutos e empresas públicas, com a economia paralela, com a evasão fiscal e as especulações bolsistas.
O estado não se pode desmarcar das suas obrigações na saúde, na educação, na justiça, na cultura e na segurança porque esse acto é o pronuncio do fim do Estado tal qual o conhecemos.
Levámos anos a concretizar algumas conquistas sociais, levaremos muitos mais anos as reconquistá-las, mas isso não o devemos permitir, somos um povo que discute demasiadamente e com muito ênfase o acessório em detrimento do essencial e isto acontece quer no futebol quer na política.
De uma vez por todas, basta de equilibrismos políticos justificando males menores de comissões de inquérito que não passam de grandes fantochadas e de dúbias credibilidades dos deputados.
Viremo-nos para que lado for, são quase todos iguais num país em que está à vista que o crime compensa.
Os meus frequentes interregnos neste espaço, proporcionam-me pausas para desabafos como este, embora quando se passa dos sessenta, poucas coisas nos parecem absurdas.
Termino desejando a todos os visitantes deste espaço, que nunca vos falte um sonho para lutar, um projecto para realizar, algo para aprender, um lugar onde ir e alguém a quem amar…Feliz Ano Novo

domingo, 19 de setembro de 2010

MEU CANTO DE GUERRA


Pesquisei, encontrei e gostei, como tal resolvi partilhar convosco um dos poemas de Solano Trindade.
Poeta pernambucano, filho de um sapateiro, nascido
em 1908. Emigrou para São Paulo. Foi operário e colaborou
na imprensa. Trabalhou no cinema e manteve um grupo teatral
folclórico por vários anos. Escreveu Poemas de uma Vida
Simples e Cantares do Meu Povo.


MEU CANTO DE GUERRA

Eu canto na guerra,
Como cantei na paz,
Pois o meu poema
É universal.
É o homem que sofre,
O homem que geme,
É o lamento
Do povo oprimido,
Da gente sem pão...
É o gemido
De todas as raças,
De todos os homens.
É o poema
da multidão!

MEU GRITO


Ausente deste espaço desde o passado mês de Julho, hoje acordei com vontade de voltar às "conversas ao acaso", numa altura em que muitos provavelmente estarão já a sofrer do stress térmico…das férias de verão.
Mas, mais grave do que este sintoma provocado pelo fim das férias, é o facto de estarmos todos a pactuar com o actual estado da economia e não só do país.
Um país onde até os bebés que vão nascer já foram enganados.
Um país onde o frequente discurso optimista do primeiro-ministro, é irreal, pois é o único que não vê ou não quer ver a falta de competitividade do país.
O governo existe, mas não governa a oposição existe mas não faz oposição a um governo e primeiro-ministro persistente e teimoso.
Estamos perante um dos momentos mais difíceis da economia num país cada vez mais injusto e cada vez mais endividado.
Foram precisos quarenta anos para correr com os outros senhores que colocaram Portugal numa situação que só alguns de nós conhecemos.
Estão quase decorridos outros quarenta anos e andam agora outros a deixar o país numa situação cada vez mais frágil.
Do que é que estamos à espera?
Não tínhamos dúvidas, viremo-nos para o lado e são quase todos iguais num país onde o crime e a corrupção compensam.
Por cada hora que passa, Portugal endivida-se em mais de 2 milhões de euros.
Estou farto da actividade da maioria dos políticos baseada na mentira, no engano e na dissimulação.
Já chega de equilibrismos justificando males menores e de comissões de inquérito que não passam de uma fantochada de dúbia credibilidade dos deputados.
Basta de consensos em nome da salvação nacional.
Com Bartolomeus Dias destes, ainda hoje o Cabo da Boa Esperança estava por dobrar.
É tempo de parar com o aumento dos impostos camuflados sobre a classe trabalhadora, os reformados e pensionistas.
É tempo de acabar com a ineficácia da justiça, com o despesismo do governo e com os diagnósticos que indicam que a situação é insustentável mas depois não se vê tomarem medidas.
É tempo de pararem com o politicamente correcto usado e abusado pelo sistema partidário, deixem de dizer que o primeiro-ministro é incompetente e depois porque outros interesses se levantam, não apresentam ou não apoiam as moções de censura.
O ego nacional está em baixo, mas as pensões de luxo sobem cada vez mais.
Reformas superiores a 4000 euros mensais, já ultrapassam as 5500, ou seja mais 55 por cento face ao ano de 2004, e escuso-me de mencionar aqui os nomes e os valores de muitos dos conhecidos da nossa praça que estão inseridos neste lote.
Discutam não só os ordenados mínimos, mas também os ordenados máximos.
Despesas orçamentadas pelo primeiro- ministro e 15 ministros, subiram um milhão de euros face a 2009.
São dados que diariamente nos chegam através da comunicação social.
Vamos ganhar menos e comprar mais caro, devíamos pois poder responder na cara dos políticos que elegemos que não foi para isso que votámos.
Quem está reformado e até continua a descontar, não está a receber nenhum favor, pagou e duramente o pouco que agora recebe.
Ponham todos os portugueses a receber o rendimento mínimo e entreguem ao governo o resto do dinheiro.
Pois é, isto é um grande problema, mas o pior de tudo é não ter nenhum problema.
Não queiramos retroceder, não queiramos voltar ao tempo em que nos davam apenas um canal de televisão a preto e branco e nos impingiam uns plásticos azuis fazendo de conta que estávamos a ver Tv. a cores.
Agora sim, agora é que é preciso “FORÇA PORTUGAL”

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ANIMAIS ABANDONADOS


Todos os anos se repete o mesmo mas este ano segundo as associações de protecção aos animais, tem aumentado o número de s abandonados.
Alertar consciências para a responsabilidade de cada um, é um papel de toda a sociedade.
É necessário conhecer exemplos de outros países da Europa ou até mesmo da América Latina, onde a legislação de protecção aos animais está muito mais evoluída do que em Portugal.
É necessário responsabilizar e cadastral os donos que inflijam maus tratos ou abandonem os seus amigos de quatro patas.
Um cão ou um gato é um espelho do seu dono, é este que tem de educar o animal e não o contrário.
A falta de responsabilização a que se assiste, leva a uma solução mais fácil na maioria das vezes não traz consequências.
Os animais não podem ser considerados objectos descartáveis ou brinquedos de prateleira, é urgente que entre em vigor uma politica que envolva mais controle na aquisição e adopção dos mesmos e maior atenção das autoridades, das associações e de toda a sociedade.
Substituir canis de abate por canis de adopção e com o apoio das autarquias promover espaços de alojamento onde o animal pudesse ficar durante a ausência dos donos mediante um determinado pagamento, seria uma forma de preservar o bem-estar do animal e a criação de receita para as associações aderentes.
Outra forma de atenuar o crescente número de abandonos, seria implementar e apoiar campanhas de esterilização durante todo o ano.
São seres puros leais e amigos e sensibiliza-me muito o seu abandono, acto que deveria ser considerado crime e quando identificados os seus autores deveriam ser obrigados a cumprir entre outras punições, trabalho comunitário num canil municipal ou de uma associação de forma a entenderem bem perto o sofrimento destes seres.
Vivemos num país demasiado brando para quem maltrata os humanos, não é de admirar que os animais sejam tratados da forma como são, mas urge alterar a mentalidade tacanha e fazer as pessoas entenderem que os animais são uma responsabilidade dos donos e que têm necessidades básicas que precisam de ser cumpridas.
Se na escola primária houvesse o cuidado de levantar esta questão, muito provavelmente num futuro próximo a nossa sociedade teria um comportamento diferente.
Qualquer pretexto serve para abandonar um animal de estimação quando se torna incómodo; está demasiado grande, já não brinca, está velho, ladra muito ou larga muito pêlo e até a crise económica veio agravar a situação.
Estejamos atentos e saibamos junto das autoridades denunciar situações que não contemplem os direitos dos animais.

domingo, 20 de junho de 2010

SARAMAGO 1922-2010


Não conheço profundamente nem o homem nem a sua obra, mas isso não me impede de dedicar-lhe algumas linhas neste espaço, como forma muito simples de homenagear particularmente a sua coerência.
Nasceu a 16 de Novembro na Rua da Alagoa da Azinhaga, (Golegã) no seio de uma família de camponeses. Seu pai José de Sousa era jornaleiro e sua mãe Maria de Jesus, doméstica.
O seu nome, Saramago, advém de um lapso cometido pelo funcionário do registo civil que incluiu o nome de alcunha, tornando-se o primeiro Saramago da família Sousa, pois não fora este lapso o seu nome seria José de Sousa.
Com três anos veio com a família viver para Lisboa e aqui fez os seus estudos e iniciou a sua actividade profissional como serralheiro mecânico nas oficinas dos Hospitais Civis de Lisboa.
O seu primeiro romance é publicado em 1947 e tem por título “Terra do Pecado”.
Após um percurso alternado entre novas publicações e experiências profissionais diversas, é distinguido com variadíssimos prémios como reconhecimento da sua obra.
São simultaneamente alguns anos de uma vivência algo conturbada que o levam a instalar-se em Lanzarote com a sua terceira esposa Pilar del Rio.
Foi um homem muito coerente e de grandes convicções
Em 1998 a academia sueca atribui-lhe o Nobel da literatura, quer no nosso país quer no estrangeiro, surgiram os aplausos ao mesmo tempo que a indiferença e a hostilidade
O mais militante e o mais polémico dos escritores portugueses
Era sem papas na língua que dentro ou fora de Portugal não aprovava práticas que no seu entender transgrediam as convenções, tratados e legislações nacionais
Em termos literários completou-se escrevendo poesia, teatro, conto, memórias, critica literária em jornais e revistas e até escreveu para crianças.
A sua vasta obra traduzida em mais de 30 países e foi distinguida com numerosos prémios nacionais e internacionais.
Após o Nobel, Saramago este muito activo em aparições públicas em muitas das quais entrou em rota de colisão com instituições e governos.
Mesmo aqueles que nem sempre demonstraram grande simpatia e apreço por José Saramago quer como homem quer como escritor, não se esqueceram de o homenagear publicamente.
Citando um dos muitos populares nas cerimónias que antecederam o seu funeral, “Saramago disse sempre aquilo que provavelmente todos nós queríamos dizer”
Acrescento que para min, Saramago foi um homem "Levantado do Chão"

sábado, 5 de junho de 2010

ENVELHECER EM PORTUGAL


A propósito de um programa de televisão recentemente emitido quero expressar a minha opinião sobre a velhice em Portugal, um processo fisiológico próprio dos seres vivos.
Somos o 7º país mais envelhecido do mundo e 40% dos portugueses com mais de 65 anos, passam oito ou mais horas por dia sozinhos.
São segundo o Instituto Nacional de Estatística, 321 mil idosos completamente desprotegidos durante largas horas, havendo nestes uma percentagem superior de mulheres.
Problemas económicos e a solidão, são identificados como os principais problemas que atigem actualmente os idosos, muitos não têm capacidade financeira para adquirirem alimentos e o custo dos produtos alimentares é uma das razões para não fazerem refeições mais saudáveis.
Somos um país com muito trabalho a fazer pelos nossos idosos que segundo relatos frequentes são muitas vezes tratados como uma encomenda.
É evidente a enorme falta de tratamento afectivo ou carinho e mesmo nos grandes hospitais, salvo raras excepções, não lidam com esta faixa etária da forma mais correcta, porque não há ou são muito poucos os clínicos especializados em geriatria
Os cuidados ao domicílio apoiados pela segurança social ou por outras instituições de solidariedade, não conseguem uma resposta que permita uma velhice digna embora este facto resulte também de outros factores de âmbito muito complexo.
Ao contrário do que sucede na Suécia país que se caracteriza pelo elevado nível de protecção social praticado nomeadamente aos idosos em Portugal, os elementos prestadores de serviços são frequentemente rodados de forma a não criarem qualquer tipo de afectividade com os idosos e doentes.
É claro que nenhum país conseguirá algum dia atingir níveis de perfeição no entanto seria óptimo seguir alguns exemplos da Suécia onde o respeito e o cumprimento dos direitos humanos e especificamente os direitos dos idosos estão na linha da frente.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ESTÁ BEM, ESTÁ.






Nem sempre é fácil pegar numa folha de papel ou abrir uma página de computador em branco e começar a escrever, no entanto faço-o pontualmente por necessidade de deitar cá para fora o grito de revolta que sinto face à triste realidade que nos rodeia.
Quando terminarem os festejos comemorativos da vitória do BENFICA e da compreensível euforia motivada pela visita de Bento XVI, vão ver finalmente o pesadelo que tiveram ao conhecerem as medidas que o governo acaba de anunciar para combater a crise.
Não pretendo entrarem pormenores de decisões políticas porque a confusão é mais que muita e os discursos mudam radicalmente no espaço de poucos dias e basta apenas estar um pouco atento.
Quem estiver minimamente atento, trabalhadores por conta de outrem, reformados, pensionistas e desempregados, terão o mesmo sentimento que eu, o sentimento de que estamos a ser roubados.
Quem estiver minimamente atento, perceberá que o fosso entre os dez por cento mais pobres e os dez por cento mais ricos, cada vez é maior.
Quem estiver minimamente atento, verificará que quando necessita de recorrer ao crédito, são aplicadas taxas de juroque deveriam ser consideradas ilegais.
Sinto-me assaltado quando vejo alguns dos eleitos por nós para nos representar na assembleia da república auferindo chorudos vencimentos e beneficiando de regalias únicas, passem o tempo a ler o jornal ou se distraiam de outra forma em vez de serem mais interventivos.
Sinto-me roubado quando vejo serem atribuídas reformas chorudas a quem pouco descontou e não trabalhou, exemplos destes não faltam.
Sinto-me roubado cada vez que vou a um posto de abastecimento de combustível.
Mas há muito mais, pois é bom que saibamos como se governam quem nos governa.
Não basta aumentar impostos se nada se fizer para aumentar as receitas,naturalmente será muito complicado, pois quando ouvimos os economistas, e não percebemos metade do que dizem, se calhar ainda bem.
É esta a classe política que tem a lata de pedir ainda mais sacrifícios aos portugueses para debelar uma crise que podia de alguma forma ser suavizada, não fora os desvios cometidos num passado próximo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

AI PORTUGAL!


Volto hoje ao blogue após mais uma ausência algo prolongada mas e mais uma vez num momento que considero segundo a análise de um comum cidadão, muito importante para o país e por conseguinte merecer a atenção de todos nós.
Pretendo apenas e uma vez mais sem perder o sentido critico, manter um espírito construtivo, ficando aliviado do nó na garganta e de algum sentimento de indignação.
Há poucos dias comemorou-se o 36º aniversário do 25 de Abril que nos foi dado de mão beijada, não nos custou nada mas, poucos no meio do nosso universo de 10 milhões, fizeram algo para isso.
Para muitos o que se conseguiu conquistar nessa altura foi-lhes dado como adquirido e têm além do mais um enorme défice de informação.
Será em meu entender uma das razões para estarmos na situação em que nos encontramos.
Os sintomas estavam já a algum tempo demasiado evidentes e não seria difícil perceber até para o mais comum dos portugueses que o país mais tarde ou mais cedo daria entrada no serviço de urgência.
É preciso que não nos esqueçamos de algumas causas que motivaram o estado a que isto chegou nos últimos tempos, o descalabro financeiro ao mais diversos níveis, contribuiu sem dúvida para a situação actual.
Devia-se em devido tempo ter controlado desvios de subsídios destinados à formação de jovens e de fundos comunitários que nunca chegaram ao destino.
É um facto que os políticos são extremamente flexivos a quem controla os mercados, vejamos se a nossa classe política uma vez mais com o apoio e o sacrifício de todos os contribuintes, conseguem responder de forma firme e transparente à situação.
Para tal apenas pedimos que façam aquilo para que os elegemos para que a situação não venha a ser mais preocupante do que já é.
Não basta dizer que nos estão a governar, têm de provar que assim é sob pena de o povo eleitor pensar que pelo contrário nos estão a enterrar a toda a força.
Esperamos que este pezudo entendimento com o líder do principal partido da oposição, não seja apenas água mole.
A crise bateu-nos á porta, distraímo-nos abrimo-la e ela entrou.
Aguardemos

terça-feira, 30 de março de 2010

QUE FUTURO ?


Se há coisas onde me recuso participar, é no jogo sujo do cinismo, se não gosto não gosto mesmo e não o escondo.
Concordo que em determinadas situações perdi algo por ter este tipo de comportamento, mas tenho a certeza de ter ganho imenso por estar bem comigo.
E não gosto de muita coisa que diariamente afecta a sociedade em que vivemos e que em meu entender está a tornar-nos num povo medíocre.
A justiça portuguesa vai de mal a pior, frequentemente somos confrontados com decisões de bradar.
Esta é a justiça que se mediatizou imenso e a justiça desportiva seguiu-lhe o caminho.
A violência no nosso futebol começa a ser um pouco o espelho da sociedade, uma sociedade que precisa urgentemente de se mobilizar, lutando e divulgando as injustiças a que permanentemente estamos sujeitos.
São frequentes situações perfeitamente escandalosas com repercussões que afectam a credibilidade do regime democrático.
O 25 de Abril, foi-nos oferecido não nos custou nada, muito poucos entre dez milhões fizeram algo para o conseguir, por isso é que estamos como estamos.
Já podíamos estar no Século XXI, não estamos por culpa de uma série de incompetentes que nos têm andado para aí a enganar-nos e que dizem que nos estão a governar, mas o que estão é a enterrar-nos a toda a força.
Somos um povo de pessoas simples, mas pessoas simples não significam pessoas estúpidas, há quem viva em grandes palacetes e se faça transportar em viaturas topo de gama e que são pessoas completamente vazias.
Gosto de sonhar baixinho pois será a única forma de poder concretizar os meus sonhos.
Gostava de sonhar que vivia numa democracia verdadeira onde todos pagassem impostos, onde todos tivessem o mesmo sistema de saúde e onde a justiça fosse igual para todos.
Gostava de sonhar que após o seu contributo de uma vida de trabalho, todos pudessem usufruir de uma reforma justa.
VOZ QUE LÁ DO VOSSO IMPÉRIO
PROMETEIS UM MUNDO NOVO
CALAI-VOS QUE PODE O POVO
QUERER UM MUNDO NOVO A SÉRIO
António Aleixo

terça-feira, 16 de março de 2010

AS NOSSAS MOTIVAÇÕES


Finalmente um fim-de-semana em que o sol brindou os portugueses que já andavam desesperados pela ausência do calor do astro rei.
Isso motivou a saída à rua de muita gente, animando as esplanadas e outros locais junto às praias, os restaurantes situados junto ao mar, voltaram ater a ocupação que já há algum tempo não conheciam.
É bom que assim aconteça para que possamos largar o ar cinzento com que muitos de nós andamos preocupados pelas notícias menos agradáveis que todos os dias no chegam.
Entretanto a pacata vila de Mafra, viveu este fim-de-semana, igualmente uma agitação a que está pouco habituada.
O congresso extraordinário do P S D foi o motivo para um movimento fora do comum com a presença de todos os congressistas e acompanhantes.
Mafra e as zonas envolventes, não tiveram resposta para alojar todos os interessados e foi necessário recorrer a casas particulares alugadas a bons preços aproveitando a oportunidade.
Do congresso que acompanhei com alguma atenção, sobressaiu a ideia de uma luta pelo lugar que poderá vir a ser o trampolim para o futuro primeiro ministro de Portugal.
Quem é que está interessado em governar este país no estado lastimoso em que isto se encontra?
Estamos pobres, muito pobres e em 2013 segundo os analistas que estudaram o P E C vamos estar ainda mais pobres
Economicamente estamos numa situação difícil, continuam a pedir sacrifícios às classes média e média alta, mas em meu entender o nosso maior défice è o da falta de liderança, da falta de políticos sérios em vez de oportunistas que se servem do país em lugar de o servir .
Depois e no meio deste quadro negro que constantemente nos pintam, surgem noticias como o vencimento anual bruto sem incluir prémios de gestão da presidente executiva da EDP-Renováveis.
O governo aumenta as margens de lucro das farmácias e prepara-se para premiar gestores envolvidos em processos pouco claros, enquanto pensa pôr em prática limitações ao subsídio de desemprego.
Para concluir, acabo de ouvir uma entrevista que me desagradou imenso. Deco afirmou que gosta muito dos Portugueses, mas sente-se Brasileiro e quer voltar para a sua terra.
Naturalmente Deco apesar de ter já realizado grandes exibições por Portugal, desta vez sentiu necessidade em ser autêntico, verdadeiro num momento que antecede o Mundial de Futebol em que o Brasil está inserido no mesmo grupo que nós, poderá trazer-lhe alguns problemas de consciência..
Nunca defendi a naturalização de jogadores Brasileiros com a finalidade de poderem representar a selecção nacional de futebol.
Depois do que acabo de ouvir e por muito que algumas entidades e adeptos de futebol, admirem o sotaque transmontano do Liedson ou a pronuncia alentejana do Deco, penso que se devia repensar já a inclusão de não naturais portugueses na equipa das quinas.
Espero que o seleccionador nacional retire daqui as suas conclusões e que mais valias destas, mais valiam não terem vindo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

AFINAL QUEM É QUE MENTE?




Nestes últimos dias extremamente chuvosos e frios, a actualidade do país tem andado envolta num manto de denso nevoeiro ,que vai cobrindo as mais diversas áreas desta já tão frágil sociedade.
Na comissão de ética do parlamento, tem-se assistido a um desfilar das mais variadas afirmações sobre o possível negócio entre a P T e a estação televisiva T V I, com a eventual envolvência do governo.
Sobre o assunto, já correu muita tinta mas, estou certo que muita mais ainda irá correr porque ninguém vai alterar nada ao que já se disse e muito sinceramente, custa-me a crer que após tantas e controvérsias afirmações, alguém nesta comissão de inquérito criada para o efeito consiga vir a concluir algo de concreto e esclarecer-nos sobre a verdade a que temos direito.
Senão vejamos apenas alguns exemplos: Manuela Moura Guedes, após ter sido excluida do Jornal Nacional, pôs a boca no trombone e agitou ainda mais as águas.
Henrique Granadeiro, devolve pressões ao P S D e em consequência o P S chama Morais Sarmento.
Zeinal Baba disse que não informou o governo sobre o possível negócio da T V I.
José Eduardo Moniz voltou a fazer afirmações que implicam Sócrates.
Entretanto jornalistas são constituídos arguidos e o presidente do sindicato da classe, afirma que a liberdade de expressão está seriamente ameaçada.
O Presidente da República afirma apenas que não está esclarecido e espera que as responsabilidades sejam apuradas, sobe pena de ninguém poder ficar acima da lei.
Está claro que nada disto é suficientemente claro e era bom que todos nós ficássemos suficientemente esclarecidos sobre o assunto entretanto, problemas gravíssimos que cada vez mais afectam a sociedade e que nos deixam asfixiados a vários níveis, estão suspensos de resolução.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

MAIS MENTIRAS, CONFUSÕES E OUTRAS.................. COMPLICAÇÕES

A imagem deste país tem de deixar de ser tão pobre e mediocre como reflectem alguns acontecimentos dos últimos dias.
No futebol continua a novela dos túneis e logo surgiu mais um caso, o das luvas supostamente oferecidas pelo Braga, a três jogadores do Leixões para ganharem ao Benfica.
Depois surge o caso entre o seleccionador nacional Carlos Queirós e o jornalista Jorge Baptista, com a particularidade de este não se ter passado no túnel do aeroporto.
Ainda em referência aos túneis os casos mais polémico que me ocorre, foram os do túnel do Terreiro do Paço quando das obras do metropolitano e esse sim meteu água que se fartou, e também o do túnel do Marquês que fez correr muita tinta.
Já agora e a propósito de túneis, uma sugestão aosvizinhos do outro lado da segunda circular.
Porque não é permitido atravessar esta via à superficie, porque não sugerir aos responsáveis pelo Sporting atravessarem o túnel de acesso ao estádio da Luz e perguntarem como foi que resolveram por lá os problemas que num passado recente minavam igualmente o clube.
Agora temos a polémica da mala que o jogador do Braga encomendou ao treinador adjunto do Benfica para a comprar em Lisboa, porque ao que parece não à no norte lojas representantes das famosas malas.
Bem pensado se calhar em qualquer feira semanal em Braga ou arredores, tinham encontrado alguma mesmo contrafeita e evitavam esta confusão.
Estava a evitar falar sobre política mas não resisto.
Este país anda demasiado nervoso, as nuvens continuam extremamente escuras e nem mesmo o “SOL” desta semana e a quadra carnavalesca parece conseguir animar mais a malta.
Não admira, cada vez são mais as dificuldades que a classe trabalhadora enfrenta e ao contrário do proclamado, contenção é só para alguns.
São demasiados problemas para um país já de si, extremamente fragilizado. É o BPP o BPN e a Face Oculta, são as anunciadas tentativas de censura prévia e o controle de outros órgãos de comunicação social, isto é apenas uma amostra da confusão que reina neste país onde cada vez é mais dificil saber afinal quem nos está a mentir, enquanto que os principais problemas das classes mais desfavorecidas continuam por se resolver.

domingo, 17 de janeiro de 2010

HAITI---MOMENTO FATAL


16h 53m
O MOMENTO TRÁGICO PARA MAIS DE 3 MILHÕES DE PESSOAS


A ILHA, ESTÁ SITUADA NO MEIO DE DUAS PLACAS TÉCTÓNICAS E NOS ÚLTIMOS 500 ANOS TEVE 12 GRANDES SISMOS




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

FELIZ 2010


Regresso a este espaço, nos primeiros dias de um novo ano, dirigindo-me particularmente aos meus amigos e habituais visitantes do blogue em jeito de balanço superficial e após uma pausa no fim de 2009.
Um ano em que basicamente se falou de crise, de pandemia da gripe A e do vírus HN1, que ocupou grande parte dos serviços noticiosos o que até deu certo jeito, evitando-se assim em se falar de outras coisas.
Também foi um ano marcado por eleições, escutas e falências de milhares de empresas que fragilisaram mais ainda a economia nacional.
Uma crise que afinal segundo dados apurados no final do ano junto dos empresários, não teve reflexos negativos no volume de negócios das grandes lojas, das grandes marcas e das grandes superfícies comerciais, ao contrário do sucedido no ano anterior.
É caso para questionar se de facto a crise existe ou não e quem são verdadeiramente os mais afectados pela mesma.
Não tenho dúvidas que sim, que existe e que esteve aí bem activa, que está e estará para durar mais algum tempo, continuando a afectar sempre os mesmos.
Um vírus gripal com previsões catastróficas e notícias alarmantes publicadas diariamente nas primeiras páginas de todos os órgãos de comunicação social, sensacionais aberturas dos principais noticiários televisivos e radiofónicos, com exaustivos debates por todos os que se achavam ter opinião sobre o tema, mas que muitas vezes ao contrário de esclarecer uma população já de si mal informada, criou ainda mais confusão e pânico.
Opiniões a favor e contra relativamente a um processo de vacinação destinado a determinados grupos de cidadãos que agora por excesso de stock foi alargado a um leque mais vasto da população.
Um ano igualmente marcado pelos casos de cegueira que afectou alguns utentes do Hospital de Santa Maria e que ficou provado ter a sua causa em negligência.
Um ano em que não verifiquei o mínimo interesse de quem de direito em investigar e acabar com a corrupção.
Os casos BPP e BPN, Freeport entre outros, são o exemplo do que é possível acontecer neste país, perante a passividade e ingenuidade do governador do Banco de Portugal.
Um ano em que finalmente o tratado de Lisboa foi assinado e após muitas horas de sofrimento Portugal apurou-se para a fase final do campeonato do mundo de futebol a realizar-se na África do Sul em meados deste ano.
Vamos em 2010 continuar a viver em crise, aliás considero que os portugueses são de certeza o povo mais habilitado a viver contra este fenómeno porque enquanto a grande maioria dos países europeus apenas começaram a sentir os seus efeitos nos últimos dois anos, nós por cá já vivemos em crise acerca de dez anos.
Será segundo os entendidos na área o ano da verdade, o ano em que tudo o que não estiver bem estruturado irá naturalmente ruir.
Vão ruir os projectos pessoais, políticos económicos e financeiros mal estruturados, vão ruir as relações humanas fragilizadas e tudo o resto que não esteja bem suportado.
Por isso creio irá ser um ano de afirmação e onde desejo e espero que todos tenham as mesmas oportunidades em concretizarem os objectivos a que se propuserem.
Um ano que começa com notícias de avultados estragos provocados por um pontual mas esperado agravamento das condições meteorológicas que resultou em extensos prejuízos de vária ordem com especial significado na área da agricultura, mas que mais uma vez evidencia não estar-mos preparados para os pequenos efeitos da natureza.
Um ano onde oficialmente é divulgado o maior aumento percentual de desempregados de sempre, ocupando Portugal o 4º lugar dos países europeus com maior taxa que já se situa perto dos 10,5%.
Notícias também já habituais mas que não deixam de exigir alguma reflexão da nossa sociedade, sobre o avultado número de idosos que por altura das épocas festivas são abandonados nas urgências dos hospitais, ou como mais recentemente noticiado aconteceu a um grupo de idosas armazenadas e entregues a si próprias ficando trancadas num espaço a que chamavam lar sem as mais básicas condições de apoio médico, logístico ou higiénico.
Somos um povo que quando mobilizado e em grupo, responde afirmativamente na defesa sem reservas das grandes causas e isso ficou uma vez mais provado durante o ano que findou, é chegado o momento de individualmente olharmos para o lado e comparticiparmos com pequenos gestos e atitudes que minimizem os momentos menos bons de quem nos rodeia.
Apesar de tudo somos um povo a necessitar de aumentar a sua auto-estima, gestos simples como um "Bom Dia" um "Sorriso" ou um "Olá", poderiam contribuir para que todos fossemos um pouco mais felizes.
Bem sei que o Carnaval está já aí, depois vem a Páscoa o Rock In Rio, os Santos Populares, as festas na aldeia, o Campeonato do Mundo de Futebol e em menos de nada as férias de verão, portanto estão reunidas as condições para um país em festa num ano bem diversificado e preenchido.
Aproveitem bem os intervalos, sejam felizes e tenham muita saúde.
Um abraço