sexta-feira, 14 de maio de 2010

ESTÁ BEM, ESTÁ.






Nem sempre é fácil pegar numa folha de papel ou abrir uma página de computador em branco e começar a escrever, no entanto faço-o pontualmente por necessidade de deitar cá para fora o grito de revolta que sinto face à triste realidade que nos rodeia.
Quando terminarem os festejos comemorativos da vitória do BENFICA e da compreensível euforia motivada pela visita de Bento XVI, vão ver finalmente o pesadelo que tiveram ao conhecerem as medidas que o governo acaba de anunciar para combater a crise.
Não pretendo entrarem pormenores de decisões políticas porque a confusão é mais que muita e os discursos mudam radicalmente no espaço de poucos dias e basta apenas estar um pouco atento.
Quem estiver minimamente atento, trabalhadores por conta de outrem, reformados, pensionistas e desempregados, terão o mesmo sentimento que eu, o sentimento de que estamos a ser roubados.
Quem estiver minimamente atento, perceberá que o fosso entre os dez por cento mais pobres e os dez por cento mais ricos, cada vez é maior.
Quem estiver minimamente atento, verificará que quando necessita de recorrer ao crédito, são aplicadas taxas de juroque deveriam ser consideradas ilegais.
Sinto-me assaltado quando vejo alguns dos eleitos por nós para nos representar na assembleia da república auferindo chorudos vencimentos e beneficiando de regalias únicas, passem o tempo a ler o jornal ou se distraiam de outra forma em vez de serem mais interventivos.
Sinto-me roubado quando vejo serem atribuídas reformas chorudas a quem pouco descontou e não trabalhou, exemplos destes não faltam.
Sinto-me roubado cada vez que vou a um posto de abastecimento de combustível.
Mas há muito mais, pois é bom que saibamos como se governam quem nos governa.
Não basta aumentar impostos se nada se fizer para aumentar as receitas,naturalmente será muito complicado, pois quando ouvimos os economistas, e não percebemos metade do que dizem, se calhar ainda bem.
É esta a classe política que tem a lata de pedir ainda mais sacrifícios aos portugueses para debelar uma crise que podia de alguma forma ser suavizada, não fora os desvios cometidos num passado próximo.

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