sábado, 26 de setembro de 2009

ELEIÇÕES 2009


Terminou a campanha eleitoral que supostamente serviria para esclarecer os portugueses a decidirem em que força politica devem dar o seu voto, elegendo aqueles que cujo papel será defender os interesses de todos e criar uma sociedade mais justa.
Se havia portugueses até aqui pouco esclarecidos, não creio que com esta campanha tenham desfeito eventuais dúvidas.
Foi em minha opinião uma campanha onde mais uma vez e apesar de um período onde se exigia muita contenção, verificou-se que não só não houve razoabilidade nos custos, como na actuação verbal entre os lideres dos principais partidos.
A juntar a tudo isto surgiu ainda o episódio polémico e ainda pouco esclarecido de alegadas escutas com envolvimento da presidência da república cujo silêncio se espera termine rapidamente.
Foi em resumo uma campanha com muita politiquice e pouca politica de verdade.
Continuo a não acreditar em alguns políticos da mesma forma que não acredito no pai natal, pelo menos enquanto vir na assembleia da república, deputados bem pagos e com regalias de excepção a dormirem ou a ler o jornal que só levantam o braço ou carregam no botão para votar.
Apesar de tudo, é bom que não deixemos de exercer o nosso dever civico utilizando a única arma há disposição: O VOTO

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CHÃO MANJACO


Para reviver e ir matando saudades de lugares que conheci e me marcaram bastante durante a minha presença na Guiné-Bissau, sou espectador assíduo do serviço informativo da RTP, sobre a actualidade dos países lusófonos “Repórter África”.
Esta semana, acompanhei com particular atenção uma reportagem sobre a cidade de Cachungo- ex Teixeira Pinto, considerada ao tempo das mais bonitas cidades da Guiné.
Teixeira Pinto, era uma vila com cerca de 9000 habitantes na sua grande maioria de etnia manjaca e dispersos num raio de 7 km, numa extensa área de habitações típicas, separadas por uma avenida central em terra batida, postesriormente asfaltada e com duas largas faixas de rodagem principais de onde sobressaiam alguns edifícios administrativos de construção colonial, o complexo da unidade militar, o posto do chefe da tabanca, (aldeia) e uma torre de vigia situada estrategicamente à entrada da vila.
Era apesar da situação algo precária existente na região, uma vila com uma população bem alegre, de aspecto bastante ordenado, airoso e acolhedor.
Mas, as imagens que acabei de ver mostrou-me um quadro extremamente desolador. A camada de asfalto desapareceu e está agora substituída por enormes crateras cobertas pelas águas das chuvas dificultando não só a normal circulação de pessoas como também de máquinas agrícolas, carros ligeiros e pesados.
Ouvi os responsáveis pela cidade, garantirem que terminada a época das chuvas iriam proceder a várias obras de requalificação repondo o asfalto para que Canchungo volte a ser de novo uma cidade atraente, com um nível de vida aceitável e representativa do “Chão Manjaco”

sábado, 12 de setembro de 2009

AS CONTAS QUE TEMOS DE FAZER


Andamos permanentemente a fazer contas, não bastavam já as que todos nós somos obrigados a fazer com o pagamento da prestação da casa, da mensalidade do colégio, da factura da água, electricidade e do gás entre outras, como ainda andamos quase todos a fazer contas para ver se ainda é possível a nossa selecção de futebol vir a ser apurada para a fase final do mundial de 2010 na África do Sul.
Sobre isso, muito sinceramente e apesar de não ter dúvidas de que no grupo onde estamos inseridos a nossa equipa é a que dispõe de melhores jogadores, não sei se neste momento merecem estar na fase final do campeonato do mundo, mesmo vencendo os dois jogos em falta e mesmo que aconteça o milagre de a Suécia perder pontos com um dos outros intervenientes.
Têm sido demasiado más as exibições de grande parte dos jogadores que apenas formam um grupo, quando se exige que formem uma verdadeira equipa constituída por valores individuais de referência nos seus clubes.
Tal como acontece noutras áreas no nosso país, considero haver um enorme défice de liderança e de sentido de orgulho pátrio.
Já para não referir a inclusão de lusos brasileiros na selecção com a qual discordo por completo, verifica-se que quando é tocado o hino nacional, alguns jogadores e até o próprio seleccionador, não acompanham os portugueses presentes nos estádios cantando a portuguesa, ou porque não sabem ou porque verdadeiramente não sentem o significado do emblema que trazem na camisola.
Num momento em que se pede ânimo e um arregaçar de mangas aos Portugueses, não podia deixar de dar mais esta alfinetada porque este não é com toda a certeza um exemplo a seguir e daqui a quinze dias outras contas se irão fazer.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

REGIONALIZAÇÃO?


Um amigo meu fez-me chegar esta nota extraída do jornal “Expresso” que achei muito interessante e que com a devida vénia quero partilhar com os visitantes deste espaço.
Se um indivíduo de Lisboa é lisboeta e um do Porto é portuense, porque é que um indivíduo de Faro é Algarvio?
Também ao circular na A2, as placas informativas dos acessos para o sul do país, não indicam Faro mas sim Algarve, o que não acontece com mais nenhuma região do país onde é indicada a capital.
Será que nos estão a tentar dizer que o Algarve tem todas as condições para ser uma região?

VOLTEI


Voltei após um mês de ausência para continuar a expressar no blogue o que me vai na alma e de uma forma livre.
O mês de Setembro surgiu um pouco cinzento pronunciando o fim de um tempo de verão, mas também a expressão de grande parte dos portugueses embora por motivos diferentes.
Uns, os privilegiados que ainda conseguiram fazer férias, vivem agora o stress do regresso ao trabalho e do eventual excesso de despesa a que esta época é propícia.
Outros continuam de expressão cinzenta porque as perspectivas para o seu futuro próximo não são de modo a acreditar deixarem de ser marginalizados pela sociedade.
Estão em marcha os preparativos para mais um acto eleitoral como sempre de grande importância para o futuro do país, os textos designados como propostas para programa de governo ou cadernos de encargos, estão repletos de boas intenções que agradariam á grande maioria do povo, mas como tem sucedido até agora, a distância entre as intenções e a prática é enorme.
Apenas como exemplo em como a realidade é bem diferente, está o valor anunciado em mais de 91 milhões de euros para a campanha, o que no momento presente não ficaria nada mal alguma contenção.
Todos os dias quando acordo tento dizer a mim próprio que o dia vai ser bom mas, o que acontece é que todos os dias verifico que estão invertidos os valores mais básicos de uma sociedade que se desejava justa.
Não vou pormenorizar o que me leva a expressar este sentimento porque todos os que estão minimamente atentos e que não andam a fingir que não vêem ou a olhar para o lado facilmente identificam.Por mim, quero viver de maneira a que o padre não tenha de mentir na hora do meu funeral.