quarta-feira, 29 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

"BENFICA"

"GLORIOSO@
http://www.slbenfica.pt/

Um link para saber as últimas notícias do "Glorioso S.L.B"

domingo, 26 de abril de 2009

FUI MORDIDO PELO MOSQUITO



É verdade! Decorridos trinta e cinco anos penso que o vírus se instalou definitivamente.
O vírus que me fez ficar ligado para o resto da vida à Guiné de tal forma, que quase diariamente a minha memória rebobina até lá e me faz reviver com intensidade, alguns dos momentos mais marcantes.
Acompanho tudo o que são notícias referentes a este pequeno mas cativante país, vivo pois com intensidade os momentos críticos por que tem passado um povo que já merecia ter uma outra qualidade de vida.
Na Guiné, 13 em cada 100 crianças não sobrevive e mais de nove em cada mil mulheres morrem por complicações no parto.
Sinto à muito uma enorme vontade de lá voltar e poder participar numa qualquer acção que pudesse contribuir um pouco para melhorar o nível de vida daquela gente.
Sei que este meu desejo dificilmente será concretizado porque não prevejo a curto prazo condições para o fazer, no entanto tentarei dar o meu contributo possível.
Um exemplo apenas do bom trabalho que se vai fazendo, é a Associação Casa Emanuel que desenvolve uma acção humanitária e social desde 1995, recebendo com regularidade crianças órfãs, abandonadas ou com deficiência
Compreendo cada vez melhor o que sentem todos aqueles que nasceram, viveram ou simplesmente passaram por África, é um sentimento demasiado marcante, é o vírus que jamais no largará.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Debate Quinzenal na A.R.


Já não vinha à alguns dias a este espaço mas, depois de ter assistido ontem a mais um degradante debate quinzenal na assembleia da república entre o governo e a oposição, não fico bem comigo se não deixar de expressar a minha opinião.
É com profunda tristeza que constado passados trinta e cinco anos desde a implantação da democracia, que assistamos ainda a espectáculos tão degradantes.
É altura de exigir-mos mais aos “políticos” que com o nosso voto colocámos na assembleia da república para nos representar.
Nos últimos tempos, quer os discursos do governo quer da oposição, são vazios de conteúdo e não têm sido virados para os problemas reais das pessoas.
Surgem constantes criticas ao governo por falta de soluções mas, é um facto que também não se perspectivam alternativas credíveis por parte dos grupos da oposição.
Os debates são cada vez mais, discursos compostos por frases feitas reflectindo demasiada evidência de um enorme défice de liderança.
É de liderança que o país precisa acima de tudo, uma boa parte da população anda triste, deprimida e acima de tudo distraída e sem muita esperança num futuro melhor.
Estamos a precisar de estabilidade política e económica para que o projecto de sociedade que nos foi proposto em 1974 se concretize sem hesitações.
A proximidade da comemoração de mais um aniversário do 25 de Abril e os novos actos eleitorais que se aí vêm, poderão servir de aperitivo para uma séria reflexão sobre as previsões mais negativas emitidas recentemente por entidades credíveis.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

AINDA SINTO 0 CACIMBO












A minha única experiência em África decorreu entre o período de 1972 e 1974, no âmbito do cumprimento de uma missão a que o regime político vigente na altura resolveu designar por “Guerra do Ultramar “. Fui empurrado para esta guerra por obrigação e absolutamente contrariado, pois já na época tinha consciência dos motivos que levaram os nossos políticos a sustentarem-na.
Não pretendo criticar quem a fez com convicção, nem quem escolheu outros caminhos ou até mesmo os que optaram pela sua recusa porque, o meu modelo de vida e os meus valores serviram muito bem a minha consciência. Fiz quase dois anos de comissão, num ambiente completamente hostil, cheio de riscos, privações e sacrifícios, mas apesar de tudo, não atiro pedras a ninguém, assim como não aceito que se atrevam a atira-las a mime nem sequer quero imaginar que tal sentimento seja partilhado por todos. Estive dois anos no Bachile uma zona operacional situada a norte da Guiné, colocado na C.CAÇ16, companhia africana que incluía mais de cento e cinquenta naturais da Guiné de várias etnias.
Privilegiei na medida do possível o contacto pessoal com todos de onde absorvi muitos conhecimentos nomeadamente da sua cultura e dei especial atenção ao contacto com a população civil, participando inclusive nalgumas das suas manifestações culturais. Por isso quero reservar este espaço para mais uma vez demonstrar o enorme carinho e amizade pelo povo da Guiné em geral e em particular pelos Manjacos, etnia que habitava em maior número na zona próxima do aquartelamento onde estive colocado. Povo da Guiné que apesar de ter ganho uma guerra, decorridos todos estes anos não conseguiu ainda ganhar a paz. Testemunhos recentes de antigos camaradas que têm tido oportunidade de visitar este país, são prova inequívoca do quanto ainda aquela gente nos admira e estima. Não irei certamente esquecer tão depressa a profusão de sentimentos, odores e de cores que tornavam cada deslocação numa viagem de prazer único para quem como eu ama a natureza. Ainda sinto o cacimbo, o cheiro da terra e os olhares de homens e mulheres extremamente carenciados mas sempre com uma enorme disponibilidade. Também não desaparece da minha memória o rosto de algumas crianças extremamente desprotegidas e carenciadas das mais básicas condições de sobrevivência e a quem na medida do possível tentei proporcionar um pouco de felicidade.







Paisagem da Guiné- Bissau




De todos naturalmente recordo com maior significado, o Augusto Martins Caboiana que na altura teria três ou quatro anos de idade, que vivia no aquartelamento considerado prisioneiro de guerra e a quem disponibilizei muito do meu tempo livre no apoio às suas mais diversas necessidades. Por tudo isto, foi um período da minha vida, vivido de forma extremamente intensa por vezes quase no limite. O dia da partida do Bachile foi vivido com grande emoção, residia em mim um sentimento mesclado entre uma enorme alegria por estar iminente o meu regresso a casa, com um outro de saudade pelos momentos vividos durante dois anos, juntamente com um grupo de seres humanos extraordinários e com os quais partilhei excelentes momentos a par de outros bem mais difíceis e complicados mas que resultaram numa enorme experiência de vida. A Guiné apesar da sua simplicidade, pobreza e do eminente perigo provocado pelo conflito armado, continuava a oferecer-me muito do seu enorme potencial quer paisagístico quer humano que absorvi muito intensamente e que ainda hoje passados que estão trinta e cinco anos guardo na memória com muita saudade todos os momentos vividos. O nascer de um novo dia, o cheiro característico a terra que se fazia sentir particularmente no interior, o sabor das inúmeras variedades de frutos tropicais permanentemente à nossa disposição, a variedade de sons emitidos pelas diversas espécies de animais, o esplendoroso pôr-do-sol, o ruído frenético provocado por uma nuvem de insectos mas particularmente a riqueza do contacto humano, foram sem dúvida algumas das minhas maiores referências. Quando regressamos de uma experiência destas, à seguramente uma perda de inocência, nenhum de nós foi para a guerra e voltou impunemente igual mas, por outro lado adquire-se uma riqueza humana tão grande que só os que por lá passaram conseguem traduzir.




Puto da Guné

quinta-feira, 16 de abril de 2009

MOMENTO DE REFLEXÃO


Diariamente, deparamo-nos com situações na sociedade portuguesa extremamente difíceis de digerir.
Através dos órgãos de comunicação social, tomamos conhecimento dos mais variados problemas que presentemente afectam em muito a vida da maior parte dos cidadãos, quer vivam nos grandes centros, ou no interior muitas vezes esquecidos e marginalizados pelo poder político, com excepção dos períodos pré eleitorais.
A nossa auto estima, pauta-se cada vez mais, por níveis muito baixos, consequência de um período de vivência extremamente difícil que a crise económica e financeira global veio ainda agravar mais.
É previsível que por este andar, nos tempos mais próximos a vida de uma boa percentagem de portugueses vai tornar-se cada vez mais difícil, isto porque em meu entender, aqueles que através do nosso voto foram escolhidos para encontrar soluções de forma a atenuar as consequências da situação, não têm correspondido minimamente ao que deles era esperado, apesar de discursos e visitas altamente empolgadas mas sem efeitos práticos.
É em minha opinião, demasiado evidente que pese embora todos os contratempos de conjuntura económica, o principal problema do nosso país reside principalmente na grande falta de liderança existente nos nossos políticos.
Porque a minha actual situação”Desempregado” permite-me uma grande disponibilidade de tempo, preocupo-me o mais possível em me informar acompanhando os debates e artigos de opinião de autoria de muitos e bons especialistas que o país felizmente ainda tem.
Todas as estratégias anunciadas contra a crise, não passam de meras boas intenções, isto porque não trazem resultados imediatos ou a curto prazo que nos façam acreditar numa recuperação.
O desemprego é presentemente um dos maiores flagelos que afectam a sociedade portuguesa, diariamente somos bombardeados com notícias de empresas e fábricas a encerrar e que enviam para o desemprego, homens, mulheres, jovens e menos jovens que de um momento para o outro se vêm numa situação que só os que são directamente afectados sabem quanto custa.
Os números de desempregados anunciados por parte do governo, não estão de acordo com os emitidos por outras entidades como o INE- Instituto Nacional de Estatística.
São uma mentira porque não estão a ser contabilizados todos os que não têm emprego, mas apenas os que estão inscritos nos diversos centros e que estão a receber subsídio.
Os centros de emprego, sob a direcção do IEFP- Instituto de Emprego e Formação Profissional, são um autêntico elefante branco para este governo, onde os problemas dos desempregados não são minimamente resolvidos por um conjunto de administrativos licenciados que estão numa situação profissional estável e privilegiada e sem a preparação adequada para tentar resolver ou ajudar a resolver os problemas de cada um.
Falo por experiência sobre o tipo de relacionamento e do discurso frio e distante utilizado para com os desempregados, fazem-nos sentir culpados por nos terem empurrado para esta situação.
Depois, vêm as incompreensíveis apresentações quinzenais que não servem para controlar nada pois, apenas na data prevista é trocado um papel por outro com uma nova data de apresentação.
Também aqui me parece que este sistema foi criado para beneficiar alguém menos o desempregado, porque não se vislumbra qualquer utilidade neste processo.
Aliás este processo inicialmente entregue às juntas de freguesias, foi rejeitado por algumas autarcarquias, não fazendo sentido que um residente numa determinada área tenha de fazer as suas apresentações numa freguesia diferente da sua residência.
Talvez fosse preferível usar as juntas de freguesia como elemento privilegiado na relação com o desempregado, aproveitando desta forma as diversas competências destes para a realização de funções em prol da comunidade.
A crise económica, contribui sem dúvida para o agravamento do desemprego, mas casos haverá em que alguns responsáveis pelas empresas se aproveitaram da situação para se livrarem das suas responsabilidades para com a sociedade isto porque, em Portugal há mais patrões do que verdadeiros empresários, mas também muito provavelmente não estarão a ser criadas todas as condições de apoio aqueles a quem se justificava e paralelamente a devida penalização aos outros que não cumpre devidamente o seu papel na sociedade.
Para isso era necessário um rigoroso controlo de forma a não ser possível encerrar empresas a seu belo prazer mas também não é com a concessão de crédito a empresas já com extremas dificuldades de tesouraria que se recupera a economia.
Naturalmente, não estou de acordo com os apoios que as finanças públicas têm dispensado a alguns grupos financeiros.
Naturalmente, não estou de acordo com os altíssimos valores atribuídos às reformas e aos vencimentos de muitos empresários e políticos da nossa praça, era prioritário terem sido já decretados tectos máximos para os vencimentos e reformas de algumas elites, pese embora não resolvesse de todo o problema, transmitia uma imagem bem diferente aqueles que sobrevivem com valores inferiores ao SMN.
O país precisa de soluções, caso contrário corre-se o sério risco de virem a ocorrer graves conflitos sociais que nem o permanente optimismo do nosso primeiro-ministro e da sua equipa governativa evitará.
Naturalmente, nem eu nem qualquer cidadão de bom senso poderemos estar de acordo com o que se vai acontecendo com a política de justiça deste país.
Os corruptos, violadores, pedófilos, assassinos e os autores de violência doméstica continuam a actuar a seu belo prazer, continuando a serem aceites os recursos só porque o condenado não concorda a pena atribuída.
Os processos judiciais mais mediáticos nunca mais têm fim e algumas decisões que deixam qualquer um pasmado.
Permite-se que se mantenham em liberdade elementos de perigosos gangs e manda-se para a cadeia o homem que roubou um telemóvel, a mulher que roubou um perfume no supermercado ou a mulher que não pagou a coima por não ter adquirido o título de transporte.
A quem interessa que a nossa justiça funcione deste modo?
A quem interessa que o departamento especializado em crimes económicos, nunca mais seja posto a funcionar e que na actual legislação, não seja ainda contemplado o crime de enriquecimento ilícito, que escutas telefónicas, filmes e vídeos não sejam admitidos como provas
Naturalmente que não posso concordar com o estado da saúde em Portugal, quando frequentemente se assiste a relatos de negligência médica, de esperas nos serviços de urgência que chegam a atingir dezoito horas e a diagnósticos incorrectos dos serviços de emergência médica com algumas consequências bem conhecidas.
Actos de negligência médica são relatados frequentemente, outros serão abafados por gente poderosa face á debilidade do doente e muito raramente se apuram os responsáveis.
Uma consulta de oftalmologia tem lista de espera superior a um ano, o mesmo acontece a quem necessitar de uma consulta de estomatologia.
Mesmo assim pretende-se eliminar o SNS- Serviço Nacional de Saúde, criado em 1979 e que assegura o direito á saúde (promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos.
Corremos o risco de os seguros de saúde, absorverem um direito que muito nos custou a conquistar.
Na educação, o estado das coisas não muda muito, o diferendo entre o ministério da tutela e os professores não serve a ninguém, pede-se naturalmente um pouco mais de bom senso de todas as partes envolvidas para bem de todos.
As constantes notícias de actos de indisciplina nas escolas, têm de terminar sob pena de se estar a formar jovens que daqui a dez anos, são uns marginais, mas não se peça à escola nem aos professores que desempenhem esse papel porque esse trabalho é da exclusiva responsabilidade dos encarregados de educação.
Não adianta responsabilizar o estado por este estado de coisas, é tempo de exercermos o nosso papel de cidadãos sendo cada vez mais activos, participativos e intervenientes.
Temos de uma vez por todas de nos habituar a fazer política, conscientes de que o preço apagar por não a praticar, será o de termos a governar-nos quem não lá queríamos que estivesse.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

APRENDIZAGEM

Ericeira--Furnas


Estou a iniciar os primeiros passos na criação e publicação de textos e imagens no blogue e a partir de agora, vou pontualmente inserir temas de assuntos que considere de interesse comum,assim como partilhar algumas experiências adquiridas ao longo de seis décadas de existência.
Para aperitivo incluí uma foto de minha autoria, de um local na vila piscatória da Ericeira e designado por Furnas.
Porque adoro fotografar em particular paisagem, sempre que achar interessante publicarei algumas.


DESABAFOS


Olá, estou a iniciar o meu blogue e neste espaço irei pontualmente Opinar,Comentar, Reclamar enfim Desabafar sobre os mais diversos temas da actualidade.
Simultãneamente, vou partilhar com todos os visitantes, algumas experiências de vida adquiridas em seis décadas de existência e que considere ser de interesse comum.