segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO



Mais um ano a terminar e com ele fecha-se uma janela de onde para muitos apenas se deslumbravam doze meses cheios de esperança e a concretização de alguns dos seus projectos.
No entanto, para a maioria, essa esperança não só se foi diluindo ao longo dos meses como, começaram a sentir na pele todos os efeitos da actual situação da sociedade em que vivemos.
Ao contrário de muitos, não viro a cara para o lado fazendo de conta que nada acontece.
Estou cada vez mais preocupado comigo, com os meus e com todos os outros cada vez mais marginalizados e quase sem voz activa.
Se não deitar-mos cá para fora a nossa revolta tudo será pior, qualquer luta no presente terá estou em crer os seus efeitos no futuro.
Basta de desigualdades, a resignação nunca fez avançar as sociedades e os discursos fatalistas apenas significam estagnação.
Nestes tempos extremamente difíceis, a solidariedade é ainda mais importante e o que é importante não se embrulha.
Todas as medidas de austeridade ultimamente implantadas, não só não resolvem o problema como asfixiam os que menos têm e privilegiam os de maior poder económico.
É por isso urgente terminar com os compadrios e salários milionários em institutos e empresas públicas, com a economia paralela, com a evasão fiscal e as especulações bolsistas.
O estado não se pode desmarcar das suas obrigações na saúde, na educação, na justiça, na cultura e na segurança porque esse acto é o pronuncio do fim do Estado tal qual o conhecemos.
Levámos anos a concretizar algumas conquistas sociais, levaremos muitos mais anos as reconquistá-las, mas isso não o devemos permitir, somos um povo que discute demasiadamente e com muito ênfase o acessório em detrimento do essencial e isto acontece quer no futebol quer na política.
De uma vez por todas, basta de equilibrismos políticos justificando males menores de comissões de inquérito que não passam de grandes fantochadas e de dúbias credibilidades dos deputados.
Viremo-nos para que lado for, são quase todos iguais num país em que está à vista que o crime compensa.
Os meus frequentes interregnos neste espaço, proporcionam-me pausas para desabafos como este, embora quando se passa dos sessenta, poucas coisas nos parecem absurdas.
Termino desejando a todos os visitantes deste espaço, que nunca vos falte um sonho para lutar, um projecto para realizar, algo para aprender, um lugar onde ir e alguém a quem amar…Feliz Ano Novo

Sem comentários:

Enviar um comentário