terça-feira, 30 de junho de 2009

REFLEXOS DA CRISE


Hoje alguns órgãos de comunicação social, divulgaram um estudo efectuado por uma organização não governamental TESE, sobre as “Famílias Sanduíche” que segundo a mesma são famílias que passam os meses a esticar o ordenado, mas que ganham o suficiente para não recorrerem a apoios públicos.
São famílias de uma nova geração de necessidades sociais e que segundo o estudo mais de metade das famílias portuguesas vive com menos de 900,00€ mensais.
Outras conclusões deste estudo, apontam que a maior parte dos agregados monoparentais e dos idosos, não tem mais de 500,00€ para gastar por mês.
As regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, são onde se localizam o maior número destas famílias segundo dados apurados pela RR.
Também o (ISCTE), Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa apurou que as famílias que estão um pouco acima do limiar da pobreza, geralmente um casal com uma criança e 1000,00€ de rendimento mensal são as que têm maior dificuldade para fazer face às despesas.
13% Admite ainda que não conseguem aviar a totalidade dos medicamentos receitados e não compram presentes de Natal ou de aniversário.
Depois de pagas as despesas inadiáveis, 66% admitem mesmo situações várias de privação.
Isabel Guerra, professora neste estabelecimento de ensino, apurou ainda que a falta de tempo são outro tipo de carências sobretudo pela necessidade em trabalhar mais, quer seja em dois empregos quer seja por turnos.
O grupo cientifico do (ISCTE), está igualmente a analisar as vítimas de profissões em extinção e o impacto da formação na vida adulta.
As dificuldades dos novos reformados, onde se incluem os que saem compulsivamente da vida activa, bem como o isolamento na terceira idade são outros temas do estudo.
Considero bastante pertinente este tipo de estudos que se outra consequência não tiverem, podem fazer com que pontualmente reflictamos para uma realidade a que alguns continuam a olhar para o lado num país onde o desemprego real atinge já valores próximo dos 10,5%.
Mesmo assim o estudo conclui que uma boa percentagem de portugueses vive satisfeita com o modo de vida que têm no plano familiar, nas relações de amizade, a área de residência e o estado de saúde.

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